quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Diploma não é a solução

Por Rubem Alves
http://www.rubemalves.com.br/

     Vou confessar um pecado: às vezes, faço maldades. Mas não faço por mal. Faço o que faziam os mestres zen com seus "koans". "Koans" eram rasteiras que os mestres passavam no pensamento dos discípulos. Eles sabiam que só se aprende o novo quando as certezas velhas caem. E acontece que eu gosto de passar rasteiras em certezas de jovens e de velhos…
     Pois o que eu faço é o seguinte. Lá estão os jovens nos semáforos, de cabeças raspadas e caras pintadas, na maior alegria, celebrando o fato de haverem passado no vestibular. Estão pedindo dinheiro para a festa!
    Eu paro o carro, abro a janela e na maior seriedade digo: "Não vou dar dinheiro. Mas vou dar um conselho. Sou professor emérito da Unicamp. O conselho é este: salvem-se enquanto é tempo!". Aí o sinal fica verde e eu continuo.
"Mas que desmancha-prazeres você é!", vocês me dirão. É verdade. Desmancha-prazeres. Prazeres inocentes baseados no engano. Porque aquela alegria toda se deve precisamente a isto: eles estão enganados.
     Estão alegres porque acreditam que a universidade é a chave do mundo. Acabaram de chegar ao último patamar. As celebrações têm o mesmo sentido que os eventos iniciáticos —nas culturas ditas primitivas, as provas a que têm de se submeter os jovens que passaram pela puberdade. Passadas as provas e os seus sofrimentos, os jovens deixaram de ser crianças. Agora são adultos, com todos os seus direitos e deveres. Podem assentar-se na roda dos homens. Assim como os nossos jovens agora podem dizer: "Deixei o cursinho. Estou na universidade".
    Houve um tempo em que as celebrações eram justas. Isso foi há muito tempo, quando eu era jovem. Naqueles tempos, um diploma universitário era garantia de trabalho. Os pais se davam como prontos para morrer quando uma destas coisas acontecia: 1) a filha se casava. Isso garantia o seu sustento pelo resto da vida; 2) a filha tirava o diploma de normalista. Isso garantiria o seu sustento caso não casasse; 3) o filho entrava para o Banco do Brasil; 4) o filho tirava diploma.
O diploma era mais que garantia de emprego. Era um atestado de nobreza. Quem tirava diploma não precisava trabalhar com as mãos, como os mecânicos, pedreiros e carpinteiros, que tinham mãos rudes e sujas.
Para provar para todo mundo que não trabalhavam com as mãos, os diplomados tratavam de pôr no dedo um anel com pedra colorida. Havia pedras para todas as profissões: médicos, advogados, músicos, engenheiros. Até os bispos tinham suas pedras.
    (Ah! Ia me esquecendo: os pais também se davam como prontos para morrer quando o filho entrava para o seminário para ser padre —aos 45 anos seria bispo— ou para o exército para ser oficial —aos 45 anos seria general.)
    Essa ilusão continua a morar na cabeça dos pais e é introduzida na cabeça dos filhos desde pequenos. Profissão honrosa é profissão que tem diploma universitário. Profissão rendosa é a que tem diploma universitário. Cria-se, então, a fantasia de que as únicas opções de profissão são aquelas oferecidas pelas universidades.
    Quando se pergunta a um jovem "O que é que você vai fazer?", o sentido dessa pergunta é "Quando você for preencher os formulários do vestibular, qual das opções oferecidas você vai escolher?". E as opções não oferecidas? Haverá alternativas de trabalho que não se encontram nos formulários de vestibular?
Como todos os pais querem que seus filhos entrem na universidade e (quase) todos os jovens querem entrar na universidade, configura-se um mercado imenso, mas imenso mesmo, de pessoas desejosas de diplomas e prontas a pagar o preço.
Enquanto houver jovens que não passam nos vestibulares das universidades do Estado, haverá mercado para a criação de universidades particulares. É um bom negócio.
     Alegria na entrada. Tristeza ao sair. Forma-se, então, a multidão de jovens com diploma na mão, mas que não conseguem arranjar emprego. Por uma razão aritmética: o número de diplomados é muitas vezes maior que o número de empregos.
     Já sugeri que os jovens que entram na universidade deveriam aprender, junto com o curso "nobre" que frequentam, um ofício: marceneiro, mecânico, cozinheiro, jardineiro, técnico de computador, eletricista, encanador, descupinizador, motorista de trator… O rol de ofícios possíveis é imenso. Pena que, nas escolas, as crianças e os jovens não sejam informados sobre essas alternativas, por vezes mais felizes e mais rendosas.
     Tive um amigo professor que foi guindado, contra a sua vontade, à posição de reitor de um grande colégio americano no interior de Minas. Ele odiava essa posição porque era obrigado a fazer discursos. E ele tremia de medo de fazer discursos. Um dia ele desapareceu sem explicações. Voltou com a família para o seu país, os Estados Unidos.Tempos depois, encontrei um amigo comum e perguntei: "Como vai o Fulano?". Respondeu-me: "Felicíssimo. É motorista de um caminhão gigantesco que cruza o país!".

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Finados


Alguém por acaso ta levando as propostas da Senhora Weslian Roriz a sério? Quem é de Brasília e acompanha razoavelmente viu essa bizarrice que foi a proposta de Weslian sobre perdoar as multas de trânsito. De onde ela tirou isso? Será que esta tão desesperada por votos que tem que chegar a tanto? Não sou a favor de Agnelo e muito menos do PT, mas aqui no DF, votar em Roriz ou na esposa, que como deve ser obvio não passa de uma laranja de Roriz, é demonstrar não possuir o menor senso de ridículo, ainda mais agora, que Weslian só propõe bolsas para ajudar a tudo quanto é necessidade, e agora perdoar as multas de transito. Deixo bem claro novamente, não sou partidário de nenhum dos dois lados, só quero deixar minha opinião sobre a candidata.
Acho que no feriado vou ter que visitar o tumulo da moral do Brasil... 

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Conhecendo Plínio Arruda, um dos presidenciáveis

Conteúdo retirado do site de campanha à presidência e do site do PSOL. Os grifos são de minha autoria. Meus comentários estarão em itálico.

Trajetória

Aos 79 anos de idade e mais de 50 anos de vida pública, Plínio Arruda Sampaio é promotor público aposentado e mestre em desenvolvimento econômico internacional pela Universidade de Cornell (EUA).
Com uma história marcada pela atuação junto à Igreja Católica, é também um defensor da reforma agrária no país. Atualmente é presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária (ABRA).
Em seu primeiro mandato como deputado federal (1963-64), foi relator do projeto de reforma agrária do governo João Goulart. Com o golpe, engrossou a primeira lista de cassados e foi para o exílio. À época, o cargo de promotor público que exercia desde 1954 também foi cassado – só sendo reconhecido novamente em 1984, quando foi anistiado e aposentado. Plínio trabalhou na ONU, em programas de reforma agrária, desenvolvimento rural e desenvolvimento da pequena agricultura. Entre 1964 e 1970, atuou no Chile. De 1965 a 1975 foi diretor de programas de desenvolvimento da FAO, órgão da ONU para agricultura e alimentação, trabalhando em todos os países da América Latina e Caribe. Desde 1975 atua como consultor da entidade.
Plínio foi um dos fundadores do PT, deputado federal constituinte e candidato a governador em 1990 e em 2006, já pelo PSOL.

Só cabe ressaltar a alegada história marcada pela Igreja Católica, apesar de Plínio defender coisas totalmente contrárias ao que a Igreja prega.

O que precisa ser destacado em seu programa de governo?

1ª) O apoio à causa LGBTT;

Abaixo o artigo 'Abaixo a hipocrisia' escrito por Plínio para a revista 'Carta Capital'. O texto na integra pode ser lido aqui.
A Constituição brasileira assegura que todo brasileiro seja tratado como igual. Agora o debate eleitoral dará a oportunidade de fixar a posição dos candidatos a respeito da luta GLBT
A atividade sexual sempre foi objeto de atenção por parte das religiões e dos integrantes da classe dominante, com formas de controle da sexualidade que levam à dominação e à opressão. Isto não é aceitável porque está na raiz do preconceito e da discriminação.
O grande avanço humanista que as rebeliões estudantis da metade do século XX representaram foi precisamente a denúncia da hipocrisia burguesa em relação ao sexo. A sociedade tomou outra forma depois desse movimento – e para melhor.
Preconceitos e discriminações são comportamentos longamente arraigados e difíceis de extirpar. Aqui no Brasil já caminhamos bastante no que se referem à orientação das pessoas em relação ao sexo, mais ainda há muito que fazer.
No dia 19 de maio, a convite das organizações gays brasileiras, estive na I Marcha Nacional Contra a Homofobia, em Brasília, que reuniu cerca de duas mil pessoas. Os participantes defendiam a aprovação pelo Congresso Nacional de projetos que legalizam a união civil entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por casais homossexuais.
O debate eleitoral dará a oportunidade de fixar a posição dos candidatos a respeito dessa questão – que não diz respeito apenas a uma minoria, mas a um principio de convivência social harmoniosa e democrática.
Como pré-candidato do PSOL à Presidência da República, após diálogos com diversos movimentos sociais e especialistas, tenho me posicionado favoravelmente ao direito de livre orientação sexual e à luta das lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. A Constituição brasileira lhes assegura esse direito, uma vez que estabelece a obrigação de que todo brasileiro seja tratado como "igual perante a lei". E quem se propõe a debater os rumos do país e governar o povo brasileiro não pode se chocar com preceitos básicos do humanismo, submetendo-se à hipocrisia.

2ª) A defesa da legalização do aborto, entre outras idéias contrárias à vida;

Abaixo alguns trechos do texto 'O problema do aborto' escrito por Plínio em 2006, mas que representa, segundo ele próprio, sua opinião atual sobre o tema. O texto na integra pode ser lido aqui.
"Como cristão, meu posicionamento pessoal diante do problema do aborto é ditado pelos valores da minha fé. Felizmente não tive, no decurso dos meus cinqüenta anos de casamento, necessidade de enfrentar essa questão. Por isso, sempre a abordo com muita humildade e com espírito de solidariedade pelos que se vêm na contingência de enfrentá-la."
"Apoio o movimento em favor da descriminalização do aborto porque, evidentemente, a lei atual demonstrou ser, não apenas ineficaz, mas claramente perniciosa, uma vez que obriga as mulheres a recorrer a pessoas despreparadas e inescrupulosas para interromper uma gravidez indesejada."

O manifesto unitário de apoio à pré-candidatura de Plínio, defende:

"O programado partido deve ser visto enquanto uma construção coletiva que envolva todos os seus militantes, setoriais, grupos e tendências, levando em conta sua real inserção nos movimentos sociais e a sua rica pluralidade."

O que se entende aqui, é que assim como no PT (que deu origem ao Partido Socialismo com Liberdade), no PSOL também há a adesão de TODOS OS SEUS MEMBROS, quer sejam candidatos ou não, a um programa de governo que contém idéias contra a vida e à família. Portanto não é prudente que nós, cristãos demos nossos votos a candidatos desse partido e principalmente a Plínio Arruda, que além de apoiar tais idéias, ainda se diz católico. Também é importante frisar que a campanha do PSOL tem apoio de diversos movimentos sociais, entre eles a marcha pela liberação da maconha, movimentos feministas e abortistas.


Veja também:

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Qual a diferença entre voto em branco e voto nulo?

Fonte: Yahoo! Eleições


       Na prática, não há mais diferença entre um e outro. Nenhum deles conta na hora de fazer a soma oficial dos votos de cada candidato. Desde 1997, quando houve uma mudança na legislação eleitoral, os votos brancos e nulos passaram a ter significado quase idêntico, ou seja, não ajudam e nem atrapalham a eleição. Como muita gente não sabe disso, a confusão persiste.

     O voto nulo ocorre quando o eleitor digita, de propósito, um número errado na urna eletrônica e confirma o voto. Para votar em branco, o eleitor aperta o botão "branco" do aparelho. Antes de existir urna eletrônica, quem quisesse anular o voto rasurava a cédula de papel – tinha gente que escrevia palavrão e até xingava candidatos. Quem desejasse votar branco, simplesmente deixava de preencher os campos da cédula.

     As dúvidas sobre esse assunto sobrevivem porque, até 1997, os votos em branco também eram contabilizados para se chegar ao percentual oficial de cada candidato. Na prática, era como se os votos em branco pertencessem a um "candidato virtual". Mas os votos nulos não entravam nessa estatística.

     Com a lei 9.504/97, os votos em branco passaram a receber o mesmo tratamento dos votos nulos, ou seja, não são levados em conta. A lei simplificou tudo, pois diz que será considerado eleito o candidato que conseguir maioria absoluta dos votos, "não computados os em brancos e os nulos".

     Mas por que então os votos em branco eram contabilizados antes? Há controvérsia sobre isso. Alguns juristas e cientistas políticos sustentam que o voto nulo significa discordar totalmente do sistema político. Já o voto em branco simbolizaria que o eleitor discorda apenas dos candidatos que estão em disputa. Daí, ele vota em branco para que essa discordância entre na estatística. Porém, depois da mudança da lei essa discussão perdeu o sentido, já que tanto faz votar branco ou nulo.

    Vale a pena lembrar também que nas últimas eleições tem circulado e-mails que pregam anular o voto como forma de combater a corrupção na política.

    Esses textos dizem que se houver mais de 50% de votos nulos e brancos a eleição será cancelada e uma nova eleição terá de ser marcada, com candidatos diferentes dos atuais. Puro engano. Tudo isso não passa de leitura errada da legislação, segundo as mais recentes interpretações do próprio TSE (Tribunal Superior Eleitora

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Epicuro, um pensador temperado

O que dizer de um molho com um nome desse?
 




Epicuro, proporcionando o prazer de uma boa salada!

Não entendeu? Então clique aqui e entenda!

sexta-feira, 2 de julho de 2010

STF anula Lei da Ficha Limpa para Heráclito Fortes

Fonte: ESTADÃO.COM.BR


 

Atingido pela Lei Ficha Limpa, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) foi o primeiro político a conseguir autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para concorrer na eleição deste ano. Ele quer mais uma vez ser eleito para o Senado Federal.

O ministro do STF Gilmar Mendes concedeu uma liminar que garante ao parlamentar o direito de se candidatar, apesar de existir contra ele uma condenação por órgão colegiado por condutas supostamente lesivas ao patrimônio público. Heráclito Fortes recorreu dessa condenação no STF, mas ainda não há uma decisão do tribunal.

No despacho em que afastou os efeitos da Lei Ficha Limpa em relação ao senador, Gilmar Mendes afirmou que o caso era de urgência já que o prazo para o registro das candidaturas termina no próximo dia 5 e até lá o Supremo não deverá se manifestar sobre o recurso de Fortes. Para escapar da lei, na última segunda-feira o senador entrou com uma petição no STF para suspender os efeitos da sentença do tribunal do Piauí.

A decisão de Mendes frustra as esperanças da sociedade de ver os políticos condenados impedidos de participar das eleições. E essa decisão poderá ter um efeito multiplicador já que, diante do sucesso de Fortes, outros políticos barrados por condenações também pedirão liminares para concorrer em outubro.

A Lei Ficha Limpa foi resultado de um amplo movimento da sociedade brasileira para tornar inelegíveis os políticos condenados pela Justiça. Antes da aprovação da lei, foram feitas outras tentativas, inclusive pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). Em 2008, a entidade chegou a divulgar uma lista com os nomes dos candidatos com ficha suja.

Escolhido vice na chapa encabeçada pelo tucano José Serra, o deputado Índio da Costa (DEM-RJ), festejado por ter sido relator do projeto Ficha Limpa na Câmara, disse ontem que não comentaria a situação de Heráclito. "Não conheço o texto do processo, tenho de conhecê-lo para poder entender", disse ao Estado.

Em junho, dias após a entrada em vigor da Lei Ficha Limpa, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a inelegibilidade dos políticos condenados mesmo antes de 4 de junho, data da sanção da norma. Único a votar contra, o ministro Marco Aurélio fez uma previsão, dias depois: "Não posso dar esperança vã à sociedade."

De acordo com informações divulgadas pelo STF, Heráclito Fortes foi condenado por uma vara da Fazenda Pública do Piauí e pelo Tribunal de Justiça daquele Estado por suposta promoção pessoal em publicidade de obras realizadas quando ele era prefeito de Teresina (de 1989 a 1993). O recurso foi protocolado no Supremo em setembro de 2000. O julgamento foi iniciado em novembro do ano passado, mas foi interrompido por um pedido de vista.

Na ocasião, Gilmar Mendes votou a favor Heráclito Fortes. "A plausibilidade jurídica do pedido pode ser atestada em voto por mim proferido quando do início do julgamento na Segunda Turma desta Corte, ocasião em que me manifestei pelo provimento do recurso", disse Mendes no despacho em que afastou os efeitos da Ficha Limpa em relação ao senador.

Graças à decisão de Gilmar Mendes, Heráclito Fortes não poderá ter o seu pedido de registro de candidatura negado pela Justiça Eleitoral. Se ele não tivesse pedido a liminar, provavelmente o registro seria rejeitado com a base na Lei Ficha Limpa. A lei estabelece que a condenação judicial por um órgão colegiado é causa de inelegibilidade.

Para os próximos dias são esperados pedidos de liminar de políticos atingidos pela Lei Ficha Limpa. A expectativa é de que o STF conceda liminares para garantir a participação de políticos ficha suja nas eleições. O ex-deputado do Espírito Santo José Carlos Gratz, por exemplo, já pediu ao Supremo que declare inconstitucional a lei e a interpretação dada pelo TSE.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Prefeituras ajudam desempregados a encontrar parceiros na Holanda


Fonte: BBC Brasil

Três cidades do norte da Holanda resolveram inovar no combate ao desemprego, oferecendo 1,4 mil euros (cerca de R$ 3 mil) em tratamentos estéticos e a inscrição em um site de encontros para cada desempregado solteiro, com o objetivo de ajudá-los a arrumar um marido ou uma mulher em boas condições financeiras.

 

As prefeituras de Dongeradeel, Dantumadiel e Schiermonnikoog, na província da Frísia (norte do país), esperam com isso que os novos parceiros ajudem financeiramente os desempregados ou que a nova condição os incentive a procurar trabalho.

Os governos locais esperam com isso economizar até 460 mil euros (cerca de R$ 1 milhão) anuais em pagamentos de benefícios sociais aos desempregados.

Como parte do pacote oferecido pelas prefeituras, os desempregados receberão novos cortes de cabelo, roupas e dicas de relacionamento e de entrevistas para emprego dadas por especialistas.

Eles terão ainda acesso ao site de encontros Mens & Relatie (Pessoas e Relacionamentos, na tradução literal), que diz ajudar três em cada quatro de seus membros a encontrar um parceiro.

Economia

"Se o novo parceiro puder ajudar a pessoa, então o participante não precisará mais de assistência pública. Assim, a cidade economiza no pagamento de benefícios", diz o documento oficial do programa.

Segundo o cálculo das prefeituras, cerca de 600 pessoas desempregadas estariam aptas a participar do projeto. As autoridades locais avaliam que 15% deles, ou cem pessoas, estariam abertas a relacionamentos, e que até 70 deles se disponham a participar do programa.

O site de relacionamentos foi escolhido pela prefeitura supostamente por contar com membros em boa situação econômica, segundo o documento oficial, tornando maior as chances de que os participantes consigam parceiros mais ricos.

"Isso torna a chance de que, se arrumar um parceiro para coabitação ou casamento, o participante não necessite mais de assistência financeira", diz o documento.

  
Dica da Sofia, no Twitter

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Subindo Montes

   Por Wayner Lima
   Escrito originalmente para uma pessoa especial.

   Subir grandes montes sempre é um trabalho difícil. É por esse motivo, que quando se ouve falar em um bravo homem ou mulher que se dispõe à subir algum desses montes, normalmente se vê junto dela toda uma equipe que auxiliará nessa jornada. Existem também aqueles que vão sozinhos, mas são raros.
   O interessante é ver o processo de subida e superação de obstáculos. Toda a equipe vai amarrada uns aos outros, em fila. Se um deles cai, seja por causa da neve, ou da inclinação do terreno, entre outras coisas, não vai longe, pois tem todo um grupo que o sustenta e o ajuda à voltar. Se um membro que está lá atrás cai, os da frente servem de apoio para ele, se um membro no meio cai, aqueles que estão na frente e atrás dele o ajudam, talvez ele nem caia! E o mesmo acontece com aquele membro que esta na frente, se escorregar, não irá se machucar muito. Agora vamos imaginar como faz aquele que sobe o monte sozinho? Ah esse tem um caminho muito difícil pela frente, o mesmo caminho que o grupo enfrentou, mas naqueles obstáculos que alguns membros do grupo caíram, e conseguiram se erguer graças aos seus companheiros, o aventureiro solitário irá ter que se cuidar. Pois se ele cair, não terá ninguém para lhe ajudar, e descerá boa parte do caminho que já fez, machucando-se pelas pedras no caminho. Acredito até que ele consiga chegar ao topo, mas irá demorar bem mais que o grupo.
   Não posso deixar de comentar que se a queda for inevitável, ou durante a jornada alguém ficar doente ou machucado, os outros membros do grupo irão cuidar dele e se preciso até levá-lo nos braços ou nas costas. Já o nosso amigo solitário....
   É nesses momentos que me pergunto e pergunto também à você: Por quê subir sozinho? Se você pode ter um grupo de amigos lhe ajudando?

domingo, 31 de janeiro de 2010

Alguns motivos para o latim na Missa

Por Dr. Rafael Vitola Brodbeck


  Não se quer acabar com o vernáculo. Apenas o Papa quer incentivar a que se façam mais Missas na língua oficial da Igreja. No que está coberto de razão.
  Alguns vêem isso com maus olhos, como se fosse algo terrível o cultivo das mais caras tradições da Igreja. É justamente a falta de tradição que dificulta a formação dos católicos.
  Durante centenas de anos, celebrou-se a Missa em latim, e o povo não deixou a Igreja por isso. Há fortes razões teológicas, pastorais e litúrgicas para que se celebre em latim (sem deixar de celebrar em português; não é uma oposição, podendo-se celebrar em ambos os idiomas).
  Conheço pessoas bem simples, de pouca instrução, que assistem a Missa em latim (seja no rito tridentino, seja no rito novo). E com muito proveito espiritual!
Participar da Missa é unir-se a Cristo, ao seu sacrifício, não necessariamente entender cada palavra proferida ou responder a cada oração.
  Mas a Missa em latim não catequizará o povo – é o que dizem alguns... Ocorre que Missa não é catequese. Missa em latim. Catequese em português. Nunca se deu catequese em latim (salvo para os que o entendem). Somos catequizados pelos meios de catequese: livros, aulas, a homilia na Missa, tudo isso em português.
  O único modo pelo qual podemos entender a Missa como catequese é considerando-a em suas cerimônias como algo que nos ensina, passo a passo, os mistérios da fé. Se é assim, há mais um argumento a favor do latim: o uso de uma outra língua, distinta da comum, demonstra que estamos diante de algo sagrado. E isso é catequese. A melhor de todas: a que mostra que a Missa não é show, é sacrifício, e diante do sacrifício não importa que entendamos as palavras, mas o que elas, em seu conjunto, significam.  O latim, por ser língua morta, está protegido das constantes mudanças de significado dos idiomas vivos e, por isso, preserva de modo muito mais eficaz o correto entendimento da doutrina. As línguas modernas assumem significados cada vez mais diversos para seus vocábulos. Hoje, uma palavra tem um sentido, amanhã a mesma terá outro. Como o latim é uma língua morta, isso não ocorre. As palavras terão sempre o mesmo sentido, e assim a doutrina é corretamente transmitida, diminuindo a possibilidade de maus entendidos.

"O uso da Língua Latina é um claro e nobre indício de unidade e um eficaz antídoto contra todas as corruptelas da pura doutrina." (Sua Santidade, o Papa Pio XII. Encíclica Mediator Dei)

  Além disso, o uso de um idioma diferente do que estamos acostumados mostra que a liturgia é algo sacro. O latim demonstraria que estamos em outro clima, em outra atmosfera. Mostraria a solenidade do momento. E isso é importante para bem compreendermos a liturgia. Imagina, estás falando em português o todo tempo. De repente, chegas na igreja, e começa o culto: "In nomine Patris et Filio et Spiritus Sanctus". Já estás em outro local. É o céu na terra. Até a língua muda!
O latim, portanto, fala muito à alma. Na Missa não precisamos entender as palavras, precisamos entender é o que está acontecendo.
  De outra sorte, pergunto: é preciso que o povo entenda as PALAVRAS da Missa? Não! O que é preciso é entender a PRÓPRIA Missa! Todos entendemos todas as palavras da Missa? Claro que não. Há muitas passagens de altíssima teologia, que quase ninguém entende.
  Mas isso não nos impede de colher frutos da Missa. Se o entendimento das palavras da Missa fosse necessário para cresceres espiritualmente e para apreenderes os frutos da liturgia, então só doutores em teologia iriam à Missa, só eles se beneficiariam.
  Muitos analfabetos, que nem sequer sabiam seu idioma direito, iam à Missa em latim e se santificavam na Idade Média, e até poucos anos. Por acaso, eles se afastaram da Igreja por não entenderem latim? Pelo contrário, se santificaram!
Importa entender que a Missa é o Sacrifício da Cruz e nos unirmos a esse ato sublime. Não importa entender o que as palavras da Missa dizem. Ajuda? Sim, pode ajudar, mas importar não importa. E quem quiser acompanhar as palavras pode decorar a Missa em latim, como decora o português, e ainda acompanhar pelos missais e folhetinhos.
  O latim, ademais, nos mostra a pertença a uma Igreja maior, universal, que fala a mesma língua. Se tivermos Missa em latim em todas as igrejas (ao lado da Missa em vernáculo), então sempre que estivermos em qualquer lugar do mundo, poderemos ir numa Missa que entenderemos, pois estaremos acostumados.
O motivo de muitos não gostarem do latim é por não terem entendido o que é a Missa, ainda. A Missa é PARA DEUS, não para os homens. Não somos nós que temos de entender as palavras, mas Deus.
Não valorizar a tradição representada pelo latim, por outro lado, é não entender nada da fé católica. Uma Missa em latim evoca a universalidade da Igreja, e mostra que a Igreja tem dois mil anos. Nossa fé não nasceu ontem. Estar em uma Missa em latim mostra-nos que estamos juntos naquilo que os santos viveram.
"O Latim exprime de maneira palmar e sensível a unidade e a universalidade da Igreja." (Sua Santidade, o Papa João Paulo I, Discurso ao Clero Romano)
E quem não gostar do latim ou não entender sua importância, não compreender seu significado no rito?
  Ora, os menos esclarecidos estão saindo da Igreja por falta de formação. Por não entenderem o simbolismo litúrgico. E por causa disso, então, vamos acabar com o simbolismo, só porque eles não entendem?
Então, se muitos não entendem as letras, vamos fazer o que? Acabar com o alfabeto? Pelo contrário, vamos alfabetizá-los!
  Aos que não entendem a doutrina, vamos explicá-la. Aos que não entendem os símbolos, vamos ensinar a lê-los. Em vez de acabar com o latim, vamos
mostrar a importância!
  Enfim, o maior uso do latim desperta nas pessoas mais reverência, mais entendimento do que realmente seja a Santa Missa, mais respeito e amor pela Eucaristia.
  Cabe lembrar que quando falamos "Missa em latim" não estamos nos referindo necessariamente à chamada "Missa tridentina", o rito tradicional, forma extraordinária do rito romano, que utiliza o Missal de São Pio V. Não. Também a "Missa nova", o rito moderno, forma ordinária do rito romano, segundo o Missal de Paulo VI, a mesma que utilizamos na maioria de nossas igrejas, pode ser feita em latim. Na verdade, o normal é que tivéssemos uma Missa em latim no rito moderno ao menos semanalmente em todas as paróquias.


Retirado de http://www.paulofernando.com.br/index.html
Aliás, vale a pena visitar o site e conhecer a proposta do Paulo Fernando. Segundo uma colega de faculdade, ele é pré candidato à deputado federal e é membro do movimento Pró Vida em Anápolis.

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