sexta-feira, 26 de junho de 2015

O perigo de alguns ritmos musicais

     Antes de tudo, devo reconhecer nossa falta de compromisso para com os leitores do blog. Já a mais de um mês não postamos nada, mas não por falta de vontade. Estou em fase de monografia, e além disso o blog tem passado por uma certa "crise de identidade": enquanto eu gosto de postar "coisas de menina" e de religião, como modéstia, casamento e diversos, o Wayner tem vontade de postar mais coisas relacionadas a política, filosofia etc, mas acha que ficaria deslocado no atual contexto do blog. Acredito que em breve resolveremos isso, vamos tentar estabelecer seções pra cada tema.

     Quero falar um pouco de algo que muito tem me incomodado, por estragar a pureza dos mais indefesos. O tipo de gosto musical de cada pessoa depende de várias influências, seja do ambiente onde vive, seja das amizades, ou seja da criação. No entanto, existem ritmos e letras que mexem involuntariamente com os nossos sentidos e causam até confusão mental, e parece-me que estas são mesmo intenção do autor. Refiro-me principalmente a alguns tipos de funk.


     Ao menos eu quando era criança e ouvia alguém escutar aquelas músicas, instintivamente queria prestar atenção ao que diziam, muita coisa eu sequer compreendia, ou então ficava imaginando, e ficava confusa. Como aquilo não era habitualmente as músicas que escutava com meus pais, eu logo esquecia. Mas sei que cada vez mais as crianças estão sendo expostas a estas ritmos e letras horríveis e os tendo como normais, e assim iniciando cada vez mais cedo uma sexualização forçada do próprio corpo.

     Não só as crianças, mas também os jovens adolescentes. Por mais que a mídia insista que a única coisa que os jovens têm que ter cuidado é com as DSTs, pelo uso de preservativos, devemos insistir na importância de guardar a dignidade dos seus corpos. Ouvir adolescentes cantando estas músicas, e saber que as dançam com o corpo praticamente exposto, é saber que se expõem muito a doenças e a vícios da carne, como a masturbação, fornicação e pornografia.  Uma hora os próprios prejudicados com as consequências de se reduzir ao corpo vão perceber que não foi uma boa ideia e essas modas ão de passar.

     A única coisa que podemos fazer é rezar pelas crianças e jovens, que são expostos a essas e tantas outras coisas, pedindo que se conserve a pureza nos corações, e também fazendo a nossa parte para que ela seja conservada.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Vivendo a modéstia em um mundo supersexualizado

"Veste-te com toda modéstia possível, e não te esqueças de que a pureza é o mais belo ornamento da alma consagrada a Deus." Papa emérito Bento XVI

     Usamos a palavra modéstia geralmente para descrever alguém que não gosta de se vangloriar das suas próprias qualidades. Mas ela também diz respeito ao vestir-se de maneira a transparecer que o nosso corpo merece cuidado e respeito. De certa forma os dois significados se cruzam, pois, apesar de gostarmos que outras pessoas nos achem bonitas de corpo, a modéstia nos diz para reservá-lo. Hoje é um desafio falar de modéstia em um mundo onde, estar coberto ou não, não faz tanta diferença.

     Isso ficou claro depois da discussão provocada pela pesquisa que gerou vários protestos, fazendo muitas mulheres defenderem que não merecem ser estupradas por andarem com roupa curta. Claro que ninguém merece isso. O problema é que não conhecemos o mau que há no coração de cada homem, de maneira que temos que evitar o quanto possível a desencadear um desejo desenfreado. Usando roupas que mostram muito o corpo, atraímos olhares, às vezes maliciosos. O desejo é algo bom, desde que bem vivido, pois vem de Deus e ajuda duas pessoas a concretizarem seu amor como homem e mulher.



     É importante, sim, para a mulher, portar-se de feminilidade, de modo a transparecer sua beleza; não pense que abraçar a modéstia é cobrir-se do pescoço aos pés e nunca usar maquiagem. A modéstia significa exatamente a justa medida, nem mais, nem menos do que é necessário para ser feminina. Não venho aqui definir que tipos de peças devemos vestir pra ser modestos, saia ou calça, manga ou alça, mas acredito que devemos ter discernimento. 

     A modéstia vai muito além do vestir. O vestir vai apenas exteriorizar aquilo que temos por dentro.
É reconhecer que nossa essência não se resume ao nosso corpo, e que o corpo é templo do espírito santo. Antes da modéstia, devemos ter a caridade para que não sejamos soberbos, achando que apenas nós nos vestimos corretamente. É necessário, portanto, vestir-se de humildade. Os santos nunca se consideram santos (os outros é que veem a santidade), pois veem que o que fazem é muito pouco diante do que Deus fez por nós.

     Vestir-se com modéstia, para quem é cristão, é também uma das formas de dar testemunho, para si e para os outros. Assim como o uso da batina serve para ajudar o padre a sempre se lembrar que é padre, a roupa do leigo também deve ajudá-lo identificar-se enquanto cristão. É sabido que o exterior influencia no interior: o que costumamos fazer, uma hora vai entrando no coração.

     Houve uma mudança e tanto nas últimas décadas na forma de vestir. Na própria aparição de Nossa Senhora de Fátima aos pastorinhos, na década de 60, ela profetizava: "Haverá modas que desagradarão muito o coração do meu filho". Os hábitos mudam, é algo natural, mas não somos obrigados a acompanhar quando estes ferem a moral já estabelecida. "Conforme o costume do local, dizia São Tomas de Aquino, não se deve usar roupas que levem ao prazer sensual".

     Não podemos diminuir nosso preço, por carência ou para chamar atenção, como se valêssemos apenas a nossa beleza exterior. Uma frase muito bonita do Clive Lewis (autor de Crônicas de Nárnia), diz “o coração de uma mulher deve estar tão bem escondido em Deus, que um homem para achá-lo, precisa buscar a Deus primeiro".  Tenhamos a humildade de nos esconder em Deus, que Ele mesmo deixará transparecer aos outros o que temos de belo.


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