quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Dicas para uma vida tranquila de padre

Recebi do Rafael José, seminarista e irmão de comunidade paroquial, via Facebook.
Postado pelo blog Na Mesma Estrada.

  • Nunca critique ninguém, nunca fale a verdade abertamente, não denuncie as injustiças (especialmente do governo), não defenda a radicalidade evangélica nem se meta em polêmicas sobre a doutrina da Igreja.
  • Fique sempre do lado dos ricos, especialmente nunca negue um pedido particular, uma exceção para quem ajuda financeiramente a Igreja. Deixe as pessoas fazerem o que elas acharem mais bonitinho na liturgia, dê chance pra todos mostrarem os seus dons e talentos usando o microfone da Igreja pra isso.
  • Celebre a missa bem rapidinho, não reclame de nada do altar, nada mesmo! Não reclame da roupa curta das meninas ou das bermudas dos homens ou do modo de vestir seja lá de quem. Não exija que as pessoas sejam pontuais na missa, afinal, elas têm mais o que fazer! Deixe as pessoas comungarem da forma que acharem que devem.
  • Sorria sempre, como os políticos, nunca demonstre a verdade sobre os seus sentimentos. Não receba ninguém, absolutamente ninguém em casa, só em grupos e com todas as portas abertas e só durante a parte mais luminosa do dia.
  • Uma dica muito, muito importante: deixe os leigos fazerem o que quiserem com o dinheiro da Igreja, não exija prestação de contas.
  • Deixe que as festas dos padroeiros sejam um momento de arrecadação, custe o que custar. Não impeça venda de bebidas alcoólicas, shows mundanos, seja lá o que for.
  • Faça o catecismo bem rapidinho e deixe as crianças se fantasiarem de princesas e pajens para tirar fotos na primeira comunhão. Aliás, em todos os momentos litúrgicos de festa, deixe que os fotógrafos façam o que quiserem, subam no altar, se for necessário, subam literalmente na mesa do altar, contanto que a foto fique bonita no casamento, crisma, primeira eucaristia, batizado, etc.
  • Celebre nas casas para a comodidade do povo, especialmente dos ricos. Não faça curso de batismo e aceite qualquer um ser batizado, com qualquer padrinho. Diga para as pessoas juntas, amasiadas, que elas podem comungar, mas diga em segredo pra que ninguém saiba.
  • Não exija engajamento dos jovens. Crisme qualquer um que queira, afinal, é problema deles…
  • Enfim, seja um padre bem bonzinho, que se esforça ao máximo, ao extremo mesmo, para agradar a todo mundo. Pronto: você terá uma vida quase 100% tranquila e uma eternidade bem quentinha nas profundezas do inferno!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Combater o pecado é batalha constante e difícil

  Andei refletindo sobre o quanto é difícil fazer com que nosso coração não se incline para o mal em nenhum momento. Falo isso por mim, é uma batalha constante. Parece que quanto mais pedimos a Deus para que não nos deixe cair em tentações, mais tentações aparecem, e várias vezes caímos nelas, ainda que em Deus se encontre toda a força necessária para que não caiamos. O Senhor sabiamente permite estas tentações, pois é necessário que sejamos provados , combatamos “o bom combate” contra o maligno, a fim de recebermos a coroa da salvação, como nos diz São Paulo.
    O problema é que costumamos deixar brechas para o pecado. Um padre confessor, certa vez me disse que se damos um centímetro ao demônio, ele nos toma um quilômetro. Afinal, ele é um anjo, e sabe quais são as nossas fraquezas e portas para sua entrada, principalmente quando não estamos em estado de graça, seja um pensamento, um link, uma letra de música, uma foto. São Pedro, todavia, nos exorta: “Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, rodeia como um leão a rugir, procurando a quem devorar. Resisti-lhe, firmes na fé.” 1Pd 5, 8-9a.
    Aliás, não estou dizendo isto para assustar alguém, ao contrário. Uma das mentiras que o demônio usa é dizer que ele mesmo não existe e que, portanto, não há problema em pecar. Temos muitas evidências de exorcismos que o Senhor Deus muitas vezes permite para que creiamos nEle. No entanto, nossa alegria é que o Senhor tem poder sobre todas as coisas, e por isso não precisamos ter medo do diabo, mas antes, combatê-lo violentamente a fim de que ele não seja violento contra nós.
    Um padre exorcista (não encontrei o link da entrevista...), disse que o maligno usa muito de nossa curiosidade para poder entrar em ação: somos curiosos por nosso futuro, por lugares, por sensações. Santo Teófilo, o Recluso (monge russo), diz que o diabo procura nos perder ou pela luxúria, nos levando a situações que podem ferir a castidade, ou pela ira, nos enchendo de situações irritantes; sempre tenta por um dos lados; diz também que se nossa alma está transparente diante do Senhor, o demônio não tem acesso a ela, mas se ela se mancha, ele já encontra uma porta de acesso (recebi isto no Anúncio do Advento do Caminho, este mês). Assim, “não vos exponhais ao diabo; que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento” (Ef 4,27s), pois se nos entregamos à ira, manchamos nossa alma. Ao contrário, em tudo dai graças (e como eu falava no início, como é difícil!).
     Não é a toa que São Paulo nos fala “orai sem cessar”(1Ts 5,17). A oração e a penitência são um bom escudo para o pecado. São Pio de Pietreucina[ler]  diz: “Quer ser santo?  Saiba que é uma vida de cachorro.” Ele quem o diga, que sofreu muitas chagas e até possessões. De fato, nós cristãos devemos nos configurar à cruz de Cristo, pois quem foge da Cruz é o diabo.  
    Deus, no entanto, sabe muito bem que somos fracos e caímos, às vezes até sem perceber, e por isso perdoa aquele que se arrepende. O salmista, no capítulo 50(51), retrata muito bem o coração do justo que peca. Diz: “Eu reconheço toda minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente.(...) Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos.(...) Lavai-me todo inteiro do pecado e apagai completamente a minha culpa”. Rezar este salmo é um bom exercício de piedade, pois nos ajuda a reconhecer-nos necessitados da graça de Deus.
    Por fim, que possamos viver bem este tempo de Advento (apesar de já estar terminando), não se esquecendo de procurar a Confissão e uma especial devoção à Virgem Maria, que gera a Cristo em seu ventre, assim como devemos gerá-lo em nossos corações.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Lumen Gentium - Sobre a Virgem Maria



Andei lendo a constituição dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Igreja, Lumen Gentium [texto na íntegra], para apresentar à minha comunidade neocatecumenal. Tive a sorte de ficar com a parte que fala da Virgem Maria, onde a compara com a Igreja. Muitas coisas me chamaram atenção e até me ajudaram a compreender melhor que tipo de devoção a Maria a Igreja nos ensina a ter. Por isso, exponho alguns trechos aqui (tentei resumir, mas deu isso):

   (do art.56) Mas o Pai das misericórdias quis que a aceitação, por parte da que Ele predestinara para mãe, precedesse a encarnação, para que, assim como uma mulher contribuiu para a morte, também outra mulher contribuisse para a vida. É o que se verifica de modo sublime na Mãe de Jesus, dando à luz do mundo a própria Vida, que tudo renova. Deus adornou-a com dons dignos de uma tão grande missão; e, por isso, não é de admirar que os santos Padres chamem com frequência à Mãe de Deus «toda santa» e «imune de toda a mancha de pecado», visto que o próprio Espírito Santo a modelou e d'Ela fez uma nova criatura. (...)
«o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria; e aquilo que a virgem Eva atou, com a sua incredulidade, desatou-o a virgem Maria com a sua fé» (Santo Irineu); e, por comparação com Eva, chamam Maria a «mãe dos vivos»(Santo Epifânio) e afirmam muitas vezes: «a morte veio por Eva, a vida veio por Maria» (São Jerônimo).

(do art. 57) (...) a Mãe de Deus, cheia de alegria, apresentou aos pastores e aos magos o seu Filho primogénito, o qual não só não lesou a sua integridade virginal, mas antes a consagrou.

(do art.60)  O nosso mediador é só um, segundo a palavra do Apóstolo: «não há senão um Deus e um mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, que Se entregou a Si mesmo para redenção de todos (1 Tm 2, 5s). Mas a função maternal de Maria em relação aos homens de modo algum ofusca ou diminui esta única mediação de Cristo; manifesta antes a sua eficácia. Com efeito, todo o influxo salvador da Virgem Santíssima sobre os homens se deve ao beneplácito divino e não a qualquer necessidade; deriva da abundância dos méritos de Cristo, funda-se na Sua mediação e dela depende inteiramente, haurindo aí toda a sua eficácia; de modo nenhum impede a união imediata dos fiéis com Cristo, antes a favorece.

(do art. 61)(...) Mãe do divino Redentor, mais que ninguém sua companheira generosa e a escrava humilde do Senhor. Concebendo, gerando e alimentando a Cristo, apresentando-O ao Pai no templo, padecendo com Ele quando agonizava na cruz, cooperou de modo singular, com a sua fé, esperança e ardente caridade, na obra do Salvador, para restaurar nas almas a vida sobrenatural. É por esta razão nossa mãe na ordem da graça.

(do art.62)(...) Por isso, a Virgem é invocada na Igreja com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro, medianeira (Leão XIII). Mas isto entende-se de maneira que nada tire nem acrescente à dignidade e eficácia do único mediador, que é Cristo (Santo Ambrósio).
 
   Efetivamente, nenhuma criatura se pode equiparar ao Verbo encarnado e Redentor; mas, assim como o sacerdócio de Cristo é participado de diversos modos pelos ministros e pelo povo fiel, e assim como a bondade de Deus, sendo uma só, se difunde variadamente pelos seres criados, assim também a mediação única do Redentor não exclui, antes suscita nas criaturas cooperações diversas, que participam dessa única fonte.
Esta função subordinada de Maria, não hesita a Igreja em proclamá-la; sente-a constantemente e inculca-a aos fiéis, para mais intimamente aderirem, com esta ajuda materna, ao seu mediador e salvador.

(do art. 63) Pelo dom e missão da maternidade divina, que a une a seu Filho Redentor, e pelas suas singulares graças e funções, está também a Virgem intimamente ligada, à Igreja: a Mãe de Deus é o tipo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo, como já ensinava S. Ambrósio. Com efeito, no mistério da Igreja, a qual é também com razão chamada mãe e virgem, a bem-aventurada Virgem Maria foi adiante, como modelo eminente e único de virgem e de mãe.(...)

(do art. 66) (...)Foi sobretudo a partir do Concílio do Éfeso que o culto do Povo de Deus para com Maria cresceu admiravelmente, na veneração e no amor, na invocação e na imitação, segundo as suas proféticas palavras: «Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada, porque realizou em mim grandes coisas Aquele que é poderoso» (Lc1,48).(...)

(do art. 67) O sagrado Concílio esta doutrina católica, e ao mesmo tempo recomenda a todas os filhos da Igreja que fomentem generosamente o culto da Santíssima Virgem, sobretudo o culto litúrgico. (...) Aos teólogos e pregadores da palavra de Deus, exorta-os que se abstenham com cuidado, tanto um falso exagero como uma demasiada estreiteza na consideração da dignidade singular da Mãe de Deus (Pio XII). Estudando, sob a orientação do magistério, a Sagrada Escritura, os santos Padres e Doutores, e as liturgias das Igrejas, expliquem como convém as funções e os privilégios da Santíssima Virgem, os quais dizem todos respeito a Cristo, origem de toda a verdade, santidade e piedade. Evitem com cuidado, nas palavras e atitudes, tudo o que possa induzir em erro acerca da autêntica doutrina da Igreja os irmãos separados ou quaisquer outros. E os fiéis lembrem-se de que a verdadeira devoção não consiste numa emoção estéril e passageira, mas nasce da fé, que nos faz reconhecer a grandeza da Mãe de Deus e nos incita a amar filialmente a nossa mãe e a imitar as suas virtudes.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Coragem para viver

     É engraçado. A maioria das pessoas já leu algum livro, ou assistiu a um filme, série, novela; e emocionou-se com a história de superação do protagonista, ou com a força do amor do casal, ou com a firmeza de caráter do herói e ficam inspiradas a fazer o mesmo, desejando: “Ah, como seria bom se eu tivesse a chance de viver algo assim!”. Mais interessante ainda é que frequentemente esse desejo se materializa, e surge ali, diante dos olhos da pessoa, a chance de viver uma aventura como aquelas da ficção. Mas qual é a atitude da pessoa diante dessa possibilidade? Pelo menos as que conheço disseram não à oportunidade.

     Entendem o que quero dizer? Nós mergulhamos em tantas aventuras na ficção, suspiramos pelo amor dos mocinhos da história, mas quando surge a chance de viver algo com tamanha intensidade em nossa vida, simplesmente dizemos não. Escrevo na primeira pessoa do plural pois também me incluo nesse grupo de pessoas covardes que preferem ver a história acontecer com outros a elas mesmas tomarem as rédeas da situação e viverem uma vida com emoções e dúvidas.

     Quando pedi a Amanda em namoro, disse para ela algo semelhante. Algo parecido com isso: “Essa é a chance de viver uma grande história de amor, tão emocionante, ou até mais emocionante que a dos filmes românticos”. E digo que não me arrependo da escolha que fiz. Foi na verdade a primeira vez que me confiei à providência divina e segui adiante. É claro que não foi fácil viver toda essa história, assim como ainda não é nada fácil estar a milhares de quilômetros da pessoa que você ama. Mas Deus tem se utilizado dessa distância para me tornar um homem, para ensinar muito do que é necessário para um relacionamento duradouro, que produzirá muitos frutos. Essa distância tem, por exemplo, me treinado para a fidelidade matrimonial. Qualquer homem que já tenha namorado por um longo periodo de tempo, como é o meu caso, sabe que se acostuma a ter sempre por perto uma pessoa para te dar carinho, para fazer companhia quando se deseja sair para algum lugar. E isso faz muita falta quando se chega a soma de um ano de namoro, e não se pode sequer comemorar a data com quem mais se importa com ela. Daí surgem outras moças que invitavelmente chamam a atenção, e até algumas que se dedicam a tentar te tirar da fidelidade. Se algo tão pequeno como essa carência de contato físico e companhia não é vencido, pode num futuro casamento ser um grande problema quando o casal se separar por algum periodo de tempo por algum motivo, por exemplo, uma viagem de trabalho ou algo do tipo.

     Essas são algumas coisas que tenho a partilhar sobre minha experiência em confiar na providência divina, atitude que ainda me é muito dificil, e esperar por alguém que está longe, mas que amo profundamente.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

"Novata" no Blog!

   Acho que é interessante me apresentar agora que sou coautora do Blog!
   Sou a namorada do Wayner. Cabe aqui uma pequena narração da nossa história.
   Tudo começou na Missa da diária da Universidade. No meu primeiro dia de aula, conheci aquele cara meio palhaço que fazia todos se divertirem e se sentirem a vontade no local da Missa. Achei ele uma gracinha! Almoço juntos todos os dias com o pessoal, ele começou a observar naquela moça "de sorriso bonito" que nem sequer havia sido beijada (detalhe). Conversas nos corredores de UnB, outras no RU, outras no msn, orkut, ele começou a se aproximar... enfim, pra não antecipar em muitos detalhes o livro da nossa história, começamos a namorar, apesar da distância que iria nos separar no ano seguinte.      
   Entregamos a Deus e seguimos adiante. Com ajuda da "santa" Tim infinity (rsrs), temos vivido nosso namoro em paz, compartilhando quase todos os dias nossas alegrias e experiências. Com todas as dificuldades que tem sido enfrentadas, penso estar trilhando passos de uma caminhada cujo rumo é uma vida de santidade no matrimônio, se for da vontade de Deus, mas desde já, de santidade no namoro também. Espero poder dar sempre um bom testemunho disto.
   Enfim, estamos aí caminhando pra o primeiro ano de namoro, e ele a cada dia me surpreende com uma nova virtude, que vai superando os defeitos! Sempre dedicado, me ensinando a ter uma vida de oração, me ajudando a tomar decisões, eu que sou a senhorita indecisão (rsrs), e me enchendo de alegria com as lembranças de sua última visita aqui.
   Bom, é isso. Espero poder contribuir bem com o Blog, e aceitamos sugestões de temas e de melhorias. Um abraço a todos!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Setembro: "Mês da Bíblia"


     Estamos no final do mês da Bíblia. Já nos diz São Jerônimo: “Quem não conhece as escrituras, não  conhece o poder de Deus, nem a sua sabedoria. Ignorar as Escrituras significa ignorar Cristo.” As Escrituras, juntamente com a Tradição cristã, nos dão o maior testemunho da vinda do Cristo. No entanto, é o próprio Jesus que é a Palavra de Deus, pois foi por Ele que tudo o que se dizia nas escrituras foi realizado. Há quem confunda Bíblia com Verbo de Deus. Sobre isto o Catecismo da Igreja Católica nos fala: “A fé cristã não é ‘uma religião do livro’, mas da palavra de Deus, que não é ‘uma palavra escrita e muda, mas o verbo encarnado e vivo’(São Bernardo de Claraval)”.
      Afinal, qual a importância da Bíblia na vida em comunidade e na vida individual do cristão? Bento XVI nos diz que “Somente a palavra de Deus pode transformar profundamente o coração do homem, e por isso é importante que com ela entrem numa intimidade cada vez maior os fieis individualmente e as comunidades”. De fato, é impressionante ver o crescimento de uma comunidade que estuda a Bíblia, e mais ainda, que vive concretamente seus ensinamentos. Não é a toa que o Senhor ordena referindo-se às palavras de seus mandamentos, “enculca-as a teus filhos, Israel, delas fala em casa, andando pelo caminho, ao te deitares e ao te levantares”. Eu comecei a me apaixonar pela Bíblia aos 14 anos. Desde aí comecei a enxergar com mais clareza o amor de Deus na minha vida, ao ler as palavras de amor que Ele nos deixou, os milagres que realizou e toda a história de salvação que traçou para nós.

     Existe um mito de que os católicos não leem a Bíblia. Seria mais pertinente reformular para “existem muitos católicos preguiçosos que não leem a Bíblia”. Salvo aqueles que não sabem ler, é importante que tenhamos intimidade com aquilo que devemos anunciar. Como diz o nosso papa: “Alimentar-se da Palavra de Deus é tarefa primária e fundamental da Igreja.  Com efeito, se o anúncio do Evangelho constitui a sua razão de ser e a sua missão, é indispensável que a Igreja conheça e viva aquilo que anuncia, para a sua pregação seja credível, não obstante as debilidades e as pobrezas dos homens que a compõem.”

    Sou catequista de crianças entre 6 e 8 anos na paróquia, e neste mês apresentamos uma porção de histórias da Bíblia a elas, sempre relacionando a história com a nossa vida, ao que elas foram bem receptivas. Achei interessante que na aula seguinte até conseguiram reproduzir algumas histórias. Isso é importante, pois elas começam a perceber o poder de Deus sobre nossas vidas, nos testemunhos. Se uma criança não conhece a Bíblia, não é erro da Igreja, mas sim dos catequistas ou dos próprios pais, principalmente.

     Devemos, todavia, ter muito cuidado ao ler a Bíblia, a fim de que não a interpretemos segundo como desejamos ou segundo uma ideologia. É necessário, antes de tudo, ler na presença do Espírito Santo, que é seu autor, e segundo estes critérios (tirados do nosso Catecismo):  

  1. Atenção ao conteúdo e à unidade de toda a escritura [enxergar a leitura em seu contexto];
  2.  Leitura da escritura na tradição viva da Igreja; 
  3.  Respeito a analogia da fé, ou seja, coesão das verdades da fé entre si.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Tô pensando


Tô pensando (e precisando) mudar...

Acho que tá na hora de deixar de lado muitas coisas do passado, alguns pressupostos antigos, tanta coisa que só tem me atrapalhado a seguir a diante.

Acho que chegou o momento de desenraizar daqui, de ser finalmente um homem, e ter minha própria vida.

Com toda certeza, preciso aprender que mesmo que possuamos bons amigos, e uma família, no fim estamos sós no mundo, e que as decisões são próprias de cada um, e assim devem ser encaradas, como decisões que dizem respeito somente à uma pessoa: eu.

Sei que preciso deixar de considerar a ideia que tantas pessoas fazem de mim, pois elas não são importantes na minha vida, e nem sequer fazem parte dela.

Esse é o momento (como nunca antes pude enxergar) de deixar de lado as seguranças e o conforto da certeza, e passar a encarar a vida de frente, com todas as suas dificuldades e incertezas.

Pois no fim, foi a isso que me propus tempos atrás, quando desejei 'ir aonde os homens necessitem de tua palavra necessitem tua força de viver'.

Espero por fim, que tudo que escrevi não seja somente algo de momento, mas seja o marco de uma nova fase em minha vida.

Enfim, QUE VENHA A VIDA EM SUA TOTALIDADE!

quarta-feira, 16 de março de 2011

10 razões para viver a castidade



Livro: A cura de nossa afetividade e sexualidade
Capítulo: Sexo Perfeito: Entrega e Santidade
Autor: Prof. Felipe Aquino
Digitalização: Rogério Sacro Sanctus


Pagam um alto preço todos os que debocham de sua busca pela santidade, que caçoam de você, duvidando de sua masculinidade por você não querer transar com diferentes mulheres. O sexo fora do casamento é triste e por isso a Igreja nos fala da castidade.
Solteiros e casados são convidados a viver a castidade, não tendo vida sexual ativa antes do matrimônio nem fora dele respectivamente.
Apresento dez razões para que você queira viver a castidade
1- Para fazer a vontade de Deus
2- Para não pecar e por isso ser feliz
3- Para não haver na sua vida uma gravidez indesejada. Você não será mãe e nem pai antes da hora; não terá vergonha dos seus pais
4- Porque não haverá doenças venéreas em sua vida. Você nunca transmitirá para seus filhos uma doença contraída via sexo. Nunca vai passar AIDS ou sífilis a eles.
5- Porque você dará um exemplo muito importante para o mundo. Aqueles que criticam a castidade o fazem porque não conseguem vivê-la. Santo Agostinho dizia que aquele que não consegue viver a virtude, critica os que vivem, exatamente porque não consegue vivê-la.
6- Porque vivendo a castidade irá canalizar suas energias para o seu desenvolvimento, seu trabalho, seus estudos, seu apostolado. A castidade faz o jovem ser integrado no seu ser.
7- Para respeitar a pessoa do outro. Você não é dono do corpo de sua namorada, assim como a sua namorada não é dona do seu corpo. Apenas o corpo de sua esposa lhe pertence, embora isso não signifique que você possa fazer do corpo dela o que quiser. Como cônjuges, vocês tem direito a vida sexual, porque pela união diante de Deus tornaram-se uma só carne.
8- Para não haver aborto em sua vida
9- Porque você construirá uma família forte e santa.
10- Porque você aprenderá o domínio da vontade, o autocontrole. Muitos casais se separam por causa da infidelidade um do outro, das traições. Porque os homens se dobram diante de mulheres mais jovens, mais bonitas do que a deles? Porque as mulheres se encantam com rapazes mais novos? Porque o ser humano tem cedido aos impulsos carnais? Porque não aprendeu a treinar a própria vontade, a se dominar, a ter autocontrole.
É na vida de solteiro que se faz o exercício da castidade e se treina o domínio de si mesmo. O livro dos provérbios diz:
“É melhor o paciente que o valente; quem domina a si mesmo vale mais que o conquistador de cidades" (cf. Pr 16,32)
Talvez seja fácil construir uma cidade, porém é muito mais difícil dominar a si mesmo.
Portanto vamos viver a santidade! Nada de homossexualismo, nada de masturbação - isso também é fora do plano de Deus. O Catecismo da Igreja é claro a respeito da masturbação. Acredito ser conveniente transcrever um trecho do que nele está escrito, porque, infelizmente, alguns padres e teólogos afirmam não haver problema em praticar a masturbação, mas ela é fora do plano de Deus:
“Na linha de uma tradição constante, tanto o magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmaram sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseca e gravemente desordenado" (CIC 2352)
Quando a Igreja fala que um ato é intrínseca (por dentro) e gravemente desordenado, esta dizendo que é pecado, é desordem moral. Sendo assim não é possível a luz da Igreja dizer que a masturbação não é pecado.
O jovem que faz o exercício da castidade exercita o autocontrole. Será um pai, um esposo fiel a sua esposa. Acredite nisso!

domingo, 13 de março de 2011

René Guénon e o Simbolismo da Cruz


René Guénon

Guénon foi um dos maiores expoentes da escola perenialista, e influencia imensamente nossa cultura ate os dias atuais. Infelizmente, seu nome foi ofuscado por tantos outros pensadores, que foram de grande valia para tantas outras correntes de pensamento e vida. Mas Guénon não pode ser simplesmente comparado a outros nomes da filosofia ou da ciência. Como ele mesmo opõe em suas obras, não há em nossa sociedade, a preocupação em aprofundar-se no estudo da realidade puramente espiritual, ao contrario o que se faz hoje é aplicar a lógica do cientificismo a Deus e querer compreender e explicar toda uma realidade, deveras imensa, com a pequena compreensão da ciência. René Guénon foi para o mundo, exemplo não só da importância dos estudos metafísicos, como também prova da convivência pacifica entre diferentes crenças e opiniões.

Biografia

Nascido em 15 de novembro de 1886 na comuna de Blois, no centro da França. Filho de família católica, Guénon foi batizado ainda bebê como manda a tradição. Em 1897, aos 10 anos, recebeu a primeira eucaristia. Desde cedo possuiu saúde frágil, e devido a isso recebeu a educação básica de sua tia, professora de uma escola em Blois. Com doze anos ingressou em uma escola secundária, dirigida por sacerdotes católicos, e lá se manteve por três anos. Em 1902 entra para o curso de retórica do colégio Augustín-Thiéry. Como estudante de filosofia, recebe vários prêmios. Após sua graduação, ingressa no curso de Matemáticas Especiais, que conclui merecendo uma das mais altas homenagens dos ex-alunos da instituição. Seguindo o conselho de alguns professores, viaja para Paris em busca da licenciatura em matemática. Mas a sua fraca saúde o impede de concluir o curso e abandona definitivamente em 1906. Mesmo fora da vida universitária, Guénon permanece em Paris por cerca de vinte e cinco anos, entre os anos de 1906 e 1909, freqüenta a escola hermética, estudando as diversas vias do neo-espiritualismo e ao fim de suas pesquisas publica na revista Gnose, um artigo intitulado A gnose e as escolas neoespiritualistas. Em 1909, ingressa na Igreja Gnóstica, recebendo o titulo de bispo. Nessa época conhece duas pessoas que viriam a ser de grande importância em seus estudos: Léon Champrenaud e Albert de Pourvourville. Em 1912 contrai matrimonio e recebe a iniciação islâmica.
Como toda a sua vida, a morte de Guénon também é envolta em lendas. Faleceu no dia 7 de janeiro de 1951, depois de ter dito várias vezes “A alma se vai!”. Suas últimas palavras foram: Alláh, Alláh! O médico que o acompanhava, não soube explicar do que ele teria morrido, já que nenhum de seus órgãos estava especialmente avariado. Segundo ele: “A alma partiu misteriosamente”.


quinta-feira, 10 de março de 2011

Brasil não tem universidades entre as 100 melhores do mundo


Fonte: Yahoo Noticias
Clique aqui para visualizar o original

O Brasil não tem nenhuma instituição entre as 100 melhores universidades em reputação do mundo, segundo o ranking elaborado pela organização Times Higher Education. A Universidade de São Paulo (USP) só apareceu na 232ª posição, e acabou representando todas as instituições da América do Sul. A universidade de Harvard é a líder do ranking com pontuação máxima em todos os critérios.O ranking foi montado a partir de uma pesquisa somente para convidados de mais de 13 mil professores de 131 países do mundo e reforça a posição dominante das instituições dos EUA e consagra boa reputação de universidades do Reino Unido e do Japão. O índice faz parte do ranking das melhores universidades do mundo divulgado pela THE em setembro do ano passado.
A pesquisa pediu aos acadêmicos experientes para destacar o que eles acreditavam ser o mais forte das universidades para o ensino e a pesquisa em seus próprios campos. Harvard obteve 100 pontos. As outras cinco melhores classificadas foram Instituto de Tecnologia de Massachusetts; Universidade de Cambridge (Reino Unido); Universidade da Califórnia, em Berkeley; Universidade de Stanford University e Universidade de Oxford (Reino Unido).Rússia (Universidade Lomonosov de Moscou), China (universidades Tsinghua, Pequim e Hong Kong) e Cingapura e Hong Kong aparece com instituições entre as 50 melhores do ranking. No grupo entre as posições 51º e 100º aparecem universidades de países emergentes como a Universidade de Seul, na Coreia do Sul; Universidade de Taiwan e o Instituto de Ciência da Índia. O Brasil é o único dos BRICs a não ter nenhuma instituição de ensino superior entre as melhores.
Veja a lista completa no Times Higher Education, em inglês.

Análise das concepções de professores sobre o ensino médio

Introdução
O entusiasmo demonstrado aos alunos pelo professor é um dos fatores de maior influência no sucesso ou no fracasso dos alunos. Notadamente outros fatores se incluem na equação da aprovação. O processo de transferência, já citado por Kupfer (1995) também é um componente dessa complexa equação. Não se pode negar a influência de fatores externos à escola, como o contexto familiar e o histórico do aluno. Mas não podemos negar que um bom professor, mesmo que nos últimos anos de escola, faz toda a diferença na vida do estudante.
O vendedor que não acredita em seu produto jamais terá sucesso em suas vendas. Um professor que duvida da importância de sua ciência jamais conseguirá contagiar seus alunos com ao menos uma fagulha de entusiasmo durante as aulas. O resultado é simples: um professor desmotivado, somado a uma classe desmotivada resultará em um índice baixo de aprovação e conseqüentemente em desigualdade ao chegar no ensino superior. Há de considerar que muitos dos profissionais da educação já estão cansados, às portas da aposentadoria e por isso simplesmente fecham os olhos para os problemas, esperando que seu descanso chegue.
O processo de mudança se dá aos poucos, em pequenas ondas. E esse processo se mostra claramente nas posições e opiniões expressas em nossa pesquisa.

Metodologia
Os entrevistados têm média de idade de 40 anos, possuem pós-graduação voltada para a educação escolar e já gozam de longo tempo no exercício da atividade. Há equilíbrio entre o numero de profissionais do sistema publico de ensino, e o numero de profissionais de escolas particulares. O que nos dá maior segurança em suas avaliações do ambiente escolar, e nos permite uma visão mais homogênea do ensino no Distrito Federal. O baixo numero de entrevistados infelizmente não nos dá a segurança necessária para uma avaliação mais criteriosa dos resultados, restando-nos somente a breve análise da opinião de nosso pequeno grupo de entrevistados.
A maioria dos professores entrevistados demonstra otimismo quanto à situação do ensino, e defende que grande parte do texto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional já é cumprido. Vinte e sete por cento dos entrevistados acredita na formação do cidadão para o cotidiano como uma das finalidades do ensino médio, e em nenhuma das respostas constava o ensino médio como uma etapa inútil para a formação do aluno. Essa mesma maioria defende também que o ensino médio serve como uma ligação entre os conteúdos ministrados no ensino básico e o superior, sendo a preparação para os processos seletivos para o ingresso na universidade um ponto extra.
Dos conteúdos abordados no ensino médio, todos foram citados como portadores de importância para os alunos do ensino superior, entre eles os que mais se destacaram foram, as línguas estrangeiras, o bom conhecimento de gramática, a produção e compreensão de textos. Apesar de um numero considerável de entrevistados afirmar que os conteúdos ministrados no ensino médio são de pouco ou nenhum aproveitamento na Educação Superior. Já quanto à utilização cotidiana dos conhecimentos obtidos, cinqüenta e dois por cento acredita que matemática, língua portuguesa, geografia, filosofia e história são as disciplinas de maior utilidade no dia a dia. Outros trinta e oito por cento citam a literatura, sociologia, gramática, inglês, matemática, redação, biologia, física, química, como uteis para solucionar os problemas cotidianos e compreender a sociedade. Apenas nove por cento diz não haver disciplinas uteis para o cotidiano do aluno.
Finalizando os dados pesquisados, temos a importância do Ensino Médio para o sucesso do aluno de graduação. Para sessenta e sete por cento dos entrevistados, o ensino médio não só concede o conhecimento teórico necessário para o bom desempenho do graduando como também provê as condições humanas, de amadurecimento, responsabilidade e comprometimento necessárias no ensino superior. Outros treze por cento defendem que a influência do Ensino Médio resume-se somente aos exames de admissão, não tendo qualquer poder no decorrer da graduação. Os conteúdos não são uteis nem tem influencia na vida do universitário segundo oito por cento dos entrevistados, enquanto cinco por cento acredita que há uma falha na formação dos professores e no modo como o ensino se dá e, portanto não acredita ser grande o impacto do ensino médio na vida do estudante do ensino superior, e igualmente cinco por cento diz que a importância do ensino médio varia com o curso superior freqüentado.

Resultados/Discussão
O que visualizamos é uma classe divida entre tantos problemas e soluções possíveis. Se por um lado temos o otimismo de parte dos professores, que ainda batalham por uma educação melhor, por outro lado encontramos um pessimismo aterrador, que nos diz que a cena a que assistimos é de total desanimo e desinteresse tanto por parte dos alunos quanto por parte dos professores. Essa situação não é nova, Paulo Freire já criticava e previa muito do que vemos agora. Antes mesmo de a escola existir como instrumento estatal de ensino, já era visível o caminho a que estava destinado esse modelo.
Se o ensino médio é apenas uma ponte entre o ensino básico e ensino superior, muitos estão caindo no rio. Rubem Alves, em seu artigo “Diploma não é solução”, defende um tratamento diferente ao ensino superior, e aqui posso estender essa proposta também ao ensino médio:
Já sugeri que os jovens que entram na universidade deveriam aprender, junto com o curso "nobre" que freqüentam, um ofício: marceneiro, mecânico, cozinheiro, jardineiro, técnico de computador, eletricista, encanador, descupinizador, motorista de trator... O rol de ofícios possíveis é imenso. Pena que, nas escolas, as crianças e os jovens não sejam informados sobre essas alternativas, por vezes mais felizes e mais rendosas.[1]
Tratar um estágio tão importante na formação da pessoa quer seja no âmbito intelectual, quer seja no âmbito emocional, dessa forma, é amputar o direito à escolha do jovem. Que infelizmente é tratado como mias um candidato à cadeira de uma universidade. Um bom sistema de ensino não deve priorizar somente os conteúdos científicos necessários para o ingresso no ensino superior, deve também abrigar o ensino de conhecimentos práticos uteis à vida cotidiana. Mas o modo como essa integração entre o senso comum e o conhecimento cientifico se dá em nossas escolas, não é o melhor modo de desenvolver uma educação de qualidade. Negligenciar o ensino das artes e das ciências humanas é tirar da arvore a possibilidade de gerar frutos
É evidente que por mais que se tente manter esse sistema de pé, ele permanecerá sempre fadado ao fracasso. Pois as ações necessárias a manutenção dele, como discussão dos objetos de avaliação e o acompanhamento do planejamento pedagógico não acontecem. O que se vê nas escolas é o ‘cada-um-por-si’ em que cada professor faz o que bem entende de seu tempo de aula e até mesmo leciona disciplinas diferentes daquelas em que é habilitado, tendo como único objetivo, o cumprimento de sua carga horária semanal.
Um grande número de entrevistados afirmou enxergar o ensino médio como um preparatório para vestibulares e avaliações do gênero. Apesar de muitos desses também visualizarem conteúdos uteis a vida cotidiana, ainda que sejam conhecimentos teóricos

Conclusão
As respostas não inovaram naquilo que apontam como problemático no Ensino Médio e na educação em geral. As múltiplas respostas obtidas podem se assim desejarmos, ser classificadas em no máximo três grandes grupos: aquelas que expressam total desgosto com o atual modelo de ensino, essa posição é endossada pelos mais pessimistas, que não acreditam que o ensino médio tenha grande influencia na vida futura do estudante. Uma posição intermediária, assumida por aqueles que visualizam a importância do Ensino Médio apenas para ao ingresso no Ensino Superior, e que reconhecem que ainda há muito para ser melhorado. E a terceira, cujos representantes defendem que a importância dos conteúdos ministrados vai alem da aprovação em vestibulares, atingindo o dia a dia do estudante, colaborando para que ele possa compreender e relacionar-se com o mundo.
O que se mostra ser comum acordo entre todos os participantes é a necessidade de reforma do atual sistema, por outro que possa ser mais eficaz na identificação e orientação das habilidades de cada aluno, possibilitando uma educação voltada para cada pessoa e não o modelo atual que trata todos igualmente.

Bibliografia
Vistas de alguns conceitos psicanalíticos. (pp. 297-306). Em Escola Lacaniana de Psicanálise do RJ (Org.) Trata-se uma criança. Rio de Janeiro: Companhia de Freud.
HARPER, Babette. CECCON, Claudius. OLIVEIRA, Miguel Darcy de. OLIVEIRA, Rosiska Darcy de. Cuidado, escola! 35ª Ed. – São Paulo: Brasiliense, 1994.


[1] ALVES, Rubem. Diploma não é solução. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u834.shtml > Acesso em: 29.jan.2011

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Por que sou contra a missa sertaneja?

Simples. A foto a seguir já explica minha implicância. 

 

Esse, se não em engano, é o Padre Alessandro Campos, capelão do colégio militar de Brasília. Já conhecido por suas missas de 'cura e libertação', o agora tenente, desponta no meio católico de Brasília com mais esse novidade; a Missa Sertaneja. E não pense que é uma missa com um nome diferente! É realmente outra missa, totalmente diferente do rito romano. Entre as 'mudanças' feitas, está o momento em que o Pe. Alessandro toca no seu violão, musicas de 'profunda inspiração teológica cristã', usando melodias já conhecidas dos ouvintes de musica sertaneja, 
trajando as vestes litúrgicas e usando seu chapéu de boiadeiro. O famoso refrão "Sou caipira, Pirapora Nossa Senhora de Aparecida, Ilumina a mina, escura e funda, o trem da minha vida" da musica Romaria tem presença garantida nas missas. Outros 'costumes peculiares' do padre Alessandro podem ser vistos no diversos videos que os fãs de suas missas publicam no Youtube. Deixo um desses videos para que tirem suas conclusões.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Bispo recusa comenda

     Bispo recusa comenda e impõe constrangimento ao Senado Federal.
Num plenário esvaziado, apenas com alguns parlamentares, parentes e
amigos do homenageado, o bispo cearense de Limoeiro do Norte, dom
Manuel Edmilson Cruz impôs um espetacular constrangimento ao Senado
Federal, no dia 21 de Dezembro.
     Dom Manuel chegou a receber a placa de referência da Comenda dos
Direitos Humanos Dom Hélder Câmara, das mãos do senador Inácio Arruda
(PCdoB/CE). Mas, ao discursar, ele recusou a homenagem em protesto ao
reajuste de 61,8% concedidos pelos próprios deputados e senadores aos
seus salários.
"A comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior
que foi dom Hélder Câmara. Desfigura-a, porém. De seguro, sem
ressentimentos e agindo por amor e com respeito a todos os senhores e
senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude:
recusá-la".
      O público aplaudiu a decisão. O bispo destacou que a realidade da
população mais carente, obrigada a enfrentar filas nos hospitais da
rede pública, contrasta com a confortável situação salarial dos
parlamentares. E acrescentou que o aumento "É um atentado, uma afronta
ao povo brasileiro, ao cidadão contribuinte para bem de todos com o
suor de seu rosto e a dignidade de seu trabalho".
      Parabéns Dom Manuel!!!!

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