quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A Sagrada Família como nosso modelo


"Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.  As mulheres sejam submissas a seus maridos, como a Igreja é submissa a Cristo. Maridos, amai vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor."
(Cf. Ef 5,21-6,4)

     O Senhor quis vir ao mundo em um seio familiar onde, ainda que na pobreza, encontrou todo amor, cuidado e ensinamento. Nesta solenidade tão bonita, em que contemplamos a Sagrada Família de Nazaré, recém-formada, a Igreja também nos convidou a amar nossas famílias, e a procurar imitar aquele modelo de família que, em Nazaré, transbordou amor entre os pais e o filho.

     Nesta solenidade, também pudemos refletir sobre como o nosso modelo ideal de família tem sido destruído, por vezes discretamente, nas escolas e pelas mídias. Devemos estar alertas a isso e não deixar que os novos modelos de família introduzidos pela mídia se tornem algo normal para nós. 

     Há algumas décadas, alguns filósofos quiseram exterminar o modelo vigente, alegando ser ineficiente. Essa mentalidade se difundiu bastante, e vemos hoje os frutos, como a banalização do sexo, os inúmeros divórcios, os filhos criados pelos avós ou só pela mãe. Estas situações muitas vezes deram abertura para o sofrimento por parte de um dos cônjuges ou dos filhos. É inegável psicologicamente que todos precisam de uma figura materna e uma paterna, preferencialmente preenchida por aqueles que o geraram com amor e que esperavam sua vinda; por isso a insistência da Igreja em manter a família como instituição fundamental na sociedade.

      Nas novelas é muito comum se ver grandes famílias formadas por um casal com filhos comuns e de relacionamentos anteriores. Não só nas novelas, mas hoje em dia, já é algo comum. Não sabemos a história de cada um e o porquê se chegou àquela situação, no entanto, não é algo que se deseja desde o princípio, como a mídia quer nos passar, como se fosse o ideal. Há também um novo modelo sendo implantado, que é o de casais homossexuais com filhos adotados; já é algo comum em outros países, mas já temos diversos relatos muito tristes de jovens criados por estes casais, os quais não conseguem suprir a figura masculina ou feminina que falta para a criança.

     Não digo que é impossível às pessoas que escolhem esses outros modelos serem felizes, no entanto existe aquilo que é perfeito e que é a vontade de Deus, para a qual somos chamados e não há engano. Quanto mais a mídia insistir na ideia destruição da família, constituída por um pai, uma mãe e irmãos, mais devemos ir ao encontro do seu fortalecimento, amando nossas famílias e ensinando aos nossos filhos a importância de se ter uma família. Entretanto, não é só isso que é importante, mas também que ela seja unida em tudo, nas orações, nas alegrias e sofrimentos, e que os pais saibam passar a fé a seus filhos. Vemos muito pais que pensam que apenas a igreja é responsável por isso, mas não; a passagem da fé é feita principalmente pelos pais, contando histórias desde pequenos, fazendo brincadeiras,... que cada um busque em Deus a melhor forma de fazer isso!

     Que neste tempo de Natal nós saibamos olhar para o pequeno presépio montado em nossas casas e meditar sobre a forma como Deus quis vir ao mundo, cercado da simplicidade de um casal, formando uma família.

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