domingo, 1 de dezembro de 2013

Famílias numerosas e a Igreja

 
     Falar sobre o número de filhos entre os católicos é sempre algo bastante divergente, pois há muitos pontos de vista diferentes em nosso meio: os que olham pelo que a sociedade propõe e os que olham pelo que a Igreja propõe.

     Estou na Igreja com minha família desde pequena, e sempre escutei a respeito da posição da Igreja contrária aos métodos anticoncepcionais artificiais. Mas poucas vezes, ou nenhuma vez, me ensinaram algo sobre sua posição real com relação à quantidade de filhos, mas que era critério de cada um ver suas condições de criar. Assim como a maioria hoje em dia, cresci com a concepção de que a mulher deve ter até dois ou três filhos e depois fazer a laqueadura, já que no mundo hoje em dia está mais difícil criar filhos com todas as suas necessidades e os métodos naturais são 'falhos'.  

     Aos 17 anos, entrei no Neocatecumenato por curiosidade, ao ouvir o anúncio das catequeses na paróquia por uma catequista de uns quase quarenta anos dizendo que tinha dez filhos. Achei isso algo entre engraçado e absurdo! Com o tempo fui observando esta família e outras famílias numerosas do mesmo movimento, e descobri que não são poucos os casais católicos de toda a Igreja que atenderam ao chamado do Concílio Vaticano II, de não desprezar o dom da fertilidade, seguindo uma paternidade responsável, mesmo com o advento dos métodos contraceptivos. Há muitos documentos eclesiais e blogs que ajudam a compreender o sentido disso e a ver que não é tão impossível como parece hoje em dia.


     Hoje, sou eu quem busco o Matrimônio e por isso tenho procurado aprender e conhecer as orientações da Igreja e conhecer testemunhos, e só tenho me encantado. Aprendi que a Igreja orienta o Método da Ovulação Billings de 97% de eficiência (segundo a OMS), para espaçar os nascimentos quando o casal considerar uma justa causa. Aprendi então que devo ajudar aqueles que ainda não assimilaram a opinião da Igreja sobre a abertura à vida através de testemunhos, mostrando-lhes que é possível. Não é fácil nadar contra o que é tido como "padrão" de hoje em dia.  Na verdade a resposta ao chamado de Jesus na maioria das vezes implica ir fora do que é tido como padrão! 
   
    Confesso que fico triste quando ouço pessoas que amo insistirem que não dá certo ter mais de três filhos nos dias de hoje. Alegam que são muitos os gastos; e de fato são. Mas não acredito que devamos seguir a esta cultura do "bem-estar à qualquer custo", como Papa Francisco coloca:

     "'Não, eu não quero mais um filho, porque não poderemos viajar de férias, não poderemos ir a tal lugar, não poderemos comprar uma casa'. É o que costumam dizer aqueles que veem com pavor a ideia de ter uma família numerosa (...) Quer-se seguir Jesus, mas até certo ponto". (encontro com as famílias).

     Alguns casais limitam a dois o número de filhos alegando que um filho único tem dificuldade para viver em sociedade. No entanto, "dois não são ainda uma sociedade; eles são dois filhos únicos” (Papa João Paulo II. Amor e responsabilidade: estudo ético). Na verdade, ninguém garante que será dado ao casal muitos filhos, pois nem todos os casais tem alta fertilidade. O importante é entender o sentido de estar aberto à vida, saber ser responsável e estar disposto a passar a fé aos filhos que Deus confiar. 

     Abaixo, algumas das coisas que tem ajudado a entender essa questão. Saudações aos leitores do blog! Aceito sugestões ou comentários sobre algo que foi falado aqui.
Familias numerosas familias felizes
São Josemaria e as familias numerosas
Padre Paulo Ricardo

ALGUNS TESTEMUNHOS:
Blog Domestica Ecclesia
Blog Shower of Roses
Jornada Mundial da Família Milão
Família Neocatecumenal

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