quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

A Sagrada Família como nosso modelo


"Sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo.  As mulheres sejam submissas a seus maridos, como a Igreja é submissa a Cristo. Maridos, amai vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela. Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor."
(Cf. Ef 5,21-6,4)

     O Senhor quis vir ao mundo em um seio familiar onde, ainda que na pobreza, encontrou todo amor, cuidado e ensinamento. Nesta solenidade tão bonita, em que contemplamos a Sagrada Família de Nazaré, recém-formada, a Igreja também nos convidou a amar nossas famílias, e a procurar imitar aquele modelo de família que, em Nazaré, transbordou amor entre os pais e o filho.

     Nesta solenidade, também pudemos refletir sobre como o nosso modelo ideal de família tem sido destruído, por vezes discretamente, nas escolas e pelas mídias. Devemos estar alertas a isso e não deixar que os novos modelos de família introduzidos pela mídia se tornem algo normal para nós. 

     Há algumas décadas, alguns filósofos quiseram exterminar o modelo vigente, alegando ser ineficiente. Essa mentalidade se difundiu bastante, e vemos hoje os frutos, como a banalização do sexo, os inúmeros divórcios, os filhos criados pelos avós ou só pela mãe. Estas situações muitas vezes deram abertura para o sofrimento por parte de um dos cônjuges ou dos filhos. É inegável psicologicamente que todos precisam de uma figura materna e uma paterna, preferencialmente preenchida por aqueles que o geraram com amor e que esperavam sua vinda; por isso a insistência da Igreja em manter a família como instituição fundamental na sociedade.

      Nas novelas é muito comum se ver grandes famílias formadas por um casal com filhos comuns e de relacionamentos anteriores. Não só nas novelas, mas hoje em dia, já é algo comum. Não sabemos a história de cada um e o porquê se chegou àquela situação, no entanto, não é algo que se deseja desde o princípio, como a mídia quer nos passar, como se fosse o ideal. Há também um novo modelo sendo implantado, que é o de casais homossexuais com filhos adotados; já é algo comum em outros países, mas já temos diversos relatos muito tristes de jovens criados por estes casais, os quais não conseguem suprir a figura masculina ou feminina que falta para a criança.

     Não digo que é impossível às pessoas que escolhem esses outros modelos serem felizes, no entanto existe aquilo que é perfeito e que é a vontade de Deus, para a qual somos chamados e não há engano. Quanto mais a mídia insistir na ideia destruição da família, constituída por um pai, uma mãe e irmãos, mais devemos ir ao encontro do seu fortalecimento, amando nossas famílias e ensinando aos nossos filhos a importância de se ter uma família. Entretanto, não é só isso que é importante, mas também que ela seja unida em tudo, nas orações, nas alegrias e sofrimentos, e que os pais saibam passar a fé a seus filhos. Vemos muito pais que pensam que apenas a igreja é responsável por isso, mas não; a passagem da fé é feita principalmente pelos pais, contando histórias desde pequenos, fazendo brincadeiras,... que cada um busque em Deus a melhor forma de fazer isso!

     Que neste tempo de Natal nós saibamos olhar para o pequeno presépio montado em nossas casas e meditar sobre a forma como Deus quis vir ao mundo, cercado da simplicidade de um casal, formando uma família.

sábado, 15 de novembro de 2014

Livros de cabeceira recomendáveis aos católicos

    Esta lista de livros foi dada pelo prezado Pe. Fernando Rebouças, e certamente é de muita serventia para quem é católico e tem amor pela leitura e reconhece sua importância. Boa leitura!
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1) Bíblia Sagrada – A Bíblia de Jerusalém e a Ave-Maria são as melhores. Acho a edição a Ave-Maria a mais didática para leigos;

2) O Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria – É a obra mais bela já escrita sobre Nossa Senhora. Foi escrita por São Luís de Monfort e é a obra que recomendo pra quem quiser crescer no conhecimento e no amor a Maria;

3) Catecismo da Igreja Católica (CIC) – É o grande Catecismo da Igreja, onde nossa doutrina é explicada de modo claro e didático pelo Magistério. Muitos pensam que de trata do livrinho de preparação para a Primeira Comunhão. Não, o Catecismo é a Teologia explicada. Outras opções seria o Compêndio do Catecismo ou ainda o Catecismo de A à Z, do Profº Felipe Aquino. Atualmente temos uma terceira ‘versão’ do catecismo feito especialmente para a juventude, o YouCat;

4) Filotéia (ou Introdução à Vida Devota) – de São Francisco de Sales. É um verdadeiro diretor espiritual de bolso. Um livro para se ler e reler;

5) Biografia de Santos – Sempre sugiro aos irmãos de fé que do mesmo jeito que tiramos um tempinho para ir a um shopping para comprarmos algo que necessitamos, é importante frequentar os ‘shoppings da fé’. As capitais e cidades grandes contam geralmente com lojas como a Paulus e a edições Paulinas. Além de objetos de piedade, livros e imagens, possuem também um bom acervo de filmes. Aliás, quem não estiver com tempo para ler por agora, recomendo assistir um filme que conte a vida de algum santo. São particularmente recomendáveis os seguintes filmes biográficos:

- Vida de Santa Rita de Cássia;

- Vida do Padre Pio;

- Vida de Santo Antônio;

- As duas versões da vida de São Francisco (“Francesco” e “Irmão Sol, Irmã Lua”);

- Vida de Santo Antônio;

- Vida de Santa Maria Goretti (excelente também para crianças a partir dos 12 anos);

- Molokai, a Ilha Maldita (vida de São Damião de Veuster);

- O Milagre da Rosa – Fala da aparição milagrosa de Nossa Senhora de Guadalupe e os estudos científicos efetuados sobre a Imagem. É imperdível. Excelente material de pastoral, especial para reacender a fé em pessoas céticas ou mornas;

De livros (biografias) cito apenas alguns: 

· Santa Teresa d’Ávila;

· Santa Terezinha do Menino Jesus (História de uma Alma);

· Santa Elisabeth da Trindade;

· Madre Teresa de Calcutá (em especial a versão da editora Quadrante);

· São Francisco Xavier;

· Santo Inácio de Loyola;

· Padre Pio;

· Como acréscimo meu, recomendo “Confissões” de Santo Agostinho e a biografia de Santa Benedita da Cruz (Edith Stein);

Uma boa dica é um livro intitulado “os Santos que Abalaram o Mundo”, de René Füllop-Müller, um autor não católico que admira os santos católicos. Outra dica são os livros da editora Quadrante (simples, baratos e de excelente qualidade e doutrina). Só não recomendo a Editora Vozes, que há muito tempo não merece o adjetivo de católica, uma vez que edita e vende as obras heréticas de Leonardo Boff (veneno mortal para a alma de qualquer cristão), dentre outras obras estranhas à nossa doutrina;

6) Obras de Santos Doutores:

- Diálogo (Santa Catarina de Sena) – São diálogos místicos (daí o nome da obra) da santa com Deus-Pai. Uma obra linda, de profunda espiritualidade;

- A História de Uma Alma (Santa Terezinha do Menino Jesus) – A obra que sagrou Santa Terezinha doutora da Igreja

- Diário da Divina Misericórdia – Escrito por irmã Faustina Kowalska, que não é doutora da Igreja, e que, no entanto, escreveu esta obra de referencia na literatura católica. Aqui ficamos abismados com o que é o amor e a misericórdia de Deus, revelados diretamente por Jesus à irmã Faustina. Recomendo esta obra em especial para quem sofre de baixa autoestima, que há de se sentir muito amado por Deus;

- Tratado do Amor de Deus – De são Francisco de Sales;

- “Moradas, ou Castelo Interior” e “Caminho de Perfeição” – Ambos de Santa Teresa d’Ávila (São obras de alta mística religiosa);

- As Glórias de Maria – Santo Afonso Maria de Ligório;

- As “Confissões” e “Cidade de Deus” – Ambos de Santo Agostinho;

- I Fioretti – de São Francisco de Assis (que também não é doutor da Igreja);

7) Obras do Magistério da Igreja (encíclicas e documentos, que podem ser comprados nas livrarias católicas ou baixados gratuitamente do site www.vatican.va):

- Salvifici Doloris, de João Paulo II (sobre o sofrimento);

- Evagelium Vitae, de João Paulo II (um retrato da sociedade atual, seus problemas e soluções);

- Humanae Vitae, de Paulo VI (sobre contracepção);

- Deus Caritas Est, de Bento XVI;

- Redemptoris Mater, de João Paulo II (Sobre Nossa Senhora);

- Familiaris Consortio, de João Paulo II (Sobre a família);

- Orientações Pastorais sobre a Renovação Carismática Católica, da CNBB (Bom para quem é da linha carismática);

- Ut Unum Sint, de João Paulo II (Sobre o Ecumenismo);

- Dominus Jesus, Escrita pelo então cardeal Ratzinger e ratificada pelo papa João Paulo II (sobre a diferença entre o Cristianismo e as demais religiões e o papel salvifíco de Jesus e da Igreja.)

sábado, 6 de setembro de 2014

Aulas de Flauta Doce

     A flauta é um instrumento que embeleza qualquer música que tem o objetivo de elevar a alma. As celebrações ficam mais solenes quando ela é bem tocada. Por isso coloco aqui alguns links de umas vídeo-aulas de flauta doce com as quais aprendi a tocar, na página do youtube do professor Luiz Araújo. Consegui tocar nas celebrações após uns quatro meses de prática, mas como já tinha experiência com canto e instrumentos de corda, tive um pouco mais de facilidade. Vale a pena aprender!

Aula 1

Aula 2

Aula 3

Aula 4

Aula 5

Aula 6

Aula 7

Aula 8

Aula 9

Aula 10 (rítmica)

Aula 11 (percepção auditiva)

Aula 12

Aula 13

Aula 14

Aula 15

Aula 16


Boa sorte!

sábado, 9 de agosto de 2014

Bons programas da TV norte-americana

   
     A TV aberta brasileira carece de programas de entretenimento criativos para as mulheres (ou homens) que gostam de boas receitas, boas dicas de organização e cultivam valores familiares. Ultimamente tenho acompanhado programas norte-americanos muito bons com a assinatura da TV fechada. É interessante a forma como os programas de culinária valorizam não só a comida, mas também toda a arte envolvida em seu preparo, e como os programas de organização da casa valorizam não só a casa já organizada ou reformada, mas todo o processo envolvido, e tudo isso é bastante inspirador! Abaixo exponho alguns que considero bem legais.

(Canal: Discovery Home and Health/ TLC)

Cada coisa em seu lugar

     Neste programa, uma família que acredita que sua casa está muito fora de ordem chama os apresentadores do programa para avaliar o que podem fazer para ajudá-la. São quatro apresentadores que colocam realmente a mão na massa para reformar a casa, que tentam vender os antigos objetos da casa e planejam o novo layout.

     O legal é que os donos da casa também ajudam na venda dos objetos em um brechó que é feito, e usam do próprio dinheiro que conseguiram das vendas para a reforma da casa (e mais um valor fixo dado pelo programa). A equipe do programa ajuda também a família ou o casal a se desapegar de coisas como coleções de coisas antigas, mas dá liberdade para dizerem o que será jogado fora ou não. O novo layout é planejado visando a organização contínua da casa pelos moradores. Assim, o programa dá boas dicas de organização e decoração usando as próprias coisas antigas mais outras novas, compradas com o dinheiro das vendas do brechó. 



A Guerra dos Cupcakes

     Nos Estados Unidos os cupcakes são bem mais conhecidos que no Brasil, por isso existem muitas lojas que só vendem cupcake. A Guerra do Cupcakes é um programa muito divertido onde quatro confeiteiros competem para ganhar mil dólares; ganha quem fizer os melhores cupcakes para um determinado evento, nas três etapas do programa, onde os jurados são dois especialistas e uma pessoa responsável pelo evento. Os cupcakes são julgados pelo sabor e pela aparência, e o confeiteiro também deve ter a melhor ideia de um expositor contextualizado onde os cupcakes serão colocados no evento. 

     É interessante porque estimula muito a criatividade dos confeiteiros, desafiando-os a usar ingredientes que nunca usaram para fazer os bolinhos. Quem assiste fica morrendo de vontade de fazer cupcakes só pela versatilidade do que se pode fazer neles! Além disso, é impressionante como os “carpinteiros” do programa conseguem fazer um expositor espetacular em duas horas, não importa o tema. Só o que me intriga um pouco é o desperdício de ingredientes que às vezes é mostrado, mas não sei como a direção do programa lida com isso.


Junior Masterchef

     Pelo menos aqui no Brasil, vemos poucas crianças que vão para a cozinha com o prazer de preparar um prato, e algumas nem chegam perto, na maioria das vezes porque os pais tem medo que os filhos se machuquem. Mas é interessante a ideia deste programa de mostrar que as crianças (de uns 9 a 12 anos) são bem cuidadosas se forem ensinadas e têm ideias bem criativas. Incentivar as crianças a ter afinidade com a cozinha me parece contribuir para o desenvolvimento delas tanto quanto aprender a tocar algum instrumento ou praticar algum esporte por exemplo.

     No programa as crianças trabalham em dupla para montar o melhor prato. Pelo menos na maioria dos programas, se vê que elas são educadas a lidar com a perda e a trabalhar bem em equipe. Em um dos episódios uma menina que perdeu disse que “queria ganhar sim, que se esforçou, mas sabia que fulano cozinhava melhor do que ela então tudo bem”.


Mães fora de controle

     É um programa recente com apenas seis episódios (que repetem de vez em quando), mas que mostram a triste realidade de muitas mães que abdicam do cuidado de seus filhos em detrimento de seus prazeres pessoais, e por isso deixam suas filhas adolescentes muito tristes. Uma das mães passa o dia na academia, outra vai a festas todos os dias como uma jovem, outra é viciada em compras, outra é viciada em plástica, e todas deixam os filhos preocupados em casa ou fazendo todos os afazeres do lar que competiria a elas. O programa ajuda essas mães e filhas a terem uma relação melhor, mostrando o valor da presença materna na vida dos filhos em geral.


Não sabia que estava grávida

     É um programa surpreendente e em alguns casos até engraçado, que mostra vários casos de mães que só descobrem que estavam grávidas no dia do parto. Elas ficam totalmente surpresas pois muitas continuam menstruando normalmente, ou não ganham peso aparentemente. Algumas até apresentam os sintomas da gravidez, mas os atribuem à menopausa ou ao excesso de comida que tem ingerido. Na maioria das vezes a causa da gravidez é a “falha” de algum método contraceptivo. 

     O programa mostra o quanto as famílias ficam contentes com a vinda do filho inesperado, mesmo quando antes evitavam-no de todas as formas, e a única tristeza que sentem é o fato de não poderem ter feito o pré-natal. Além disso, pelo menos na maioria dos casos exibidos, as mães tem muita facilidade na hora de dar à luz: quando começam a sentir as contrações, elas estão sozinhas no carro, no banheiro ou na cama e conseguem realizar o parto. Já vi um caso em que a mãe entrou em trabalho de parto e em quinze minutos deu à luz a criança, não sentindo mais nenhuma dor depois. Obviamente nem todas teriam a mesma facilidade, mas acredito que boa parte da dor que algumas mulheres sentem no parto é psicológica, pois às vezes é feito um terror muito grande por parte de outras pessoas.

     Você assiste algum desses programas ou tem algum outro que ache legal? Partilhe no comentário!  :-)



domingo, 3 de agosto de 2014

Primeiros meses de casamento - fase de transição

     Passados cinco meses do nosso casamento, pouco temos escrito por aqui. Todos devem concordar que é um período de muitas mudanças na vida, de organização da casa e das ideias! Eu na busca por estágio, ele se estabilizando em um novo emprego, e os dois aprendendo a lidar com o convívio diário um com o outro e com a nova vida longe da casa dos pais. Há um aprendizado e tanto nesta fase da vida. Você passa a enxergar coisas que só seus pais enxergavam, como na limpeza da casa e no cuidado com as finanças.

Organizando nossa pequena biblioteca

Thor no clima da copa
     O período de noivado, principalmente para a mulher, é um momento mágico de pesquisa de vestidos, decorações, ideias de fotos etc. Após o casamento, muda-se o foco; tenho visitado mais páginas de decoração da casa, de dicas para organização, de roupas, de receitas. Nesses cinco meses tenho apanhado muito na cozinha - como na quantidade de sal na comida ou açúcar no café - , mas ao mesmo tempo aprendido muito - tenho feito uns bolos que jamais diria que tinha sido eu quem fez!

     Tenho já visitado também páginas interessantes sobre maternidade e família. Até o fato de termos um cachorro para cuidar já vemos como um bom treinamento antes de virem os filhos. 

     Neste tempo temos também pensado muito em ideias para o blog, buscando inspiração em outros sites. Queremos que este blog seja não apenas um blog de assuntos relacionados ao Catolicismo ou a casamento, mas que seja mais amplo, que possamos compartilhar assuntos do nosso cotidiano. Meu esposo, enquanto filósofo e criador deste blog, tem um olhar muito amplo sobre assuntos como religião e política, embora ele não tenha escrito tanto como gostaria nos últimos tempos. Já eu, enquanto apaixonada por coisas envolvendo arte, gosto de escrever e compartilhar aqui sobre meus desenhos, músicas, vídeo-aulas e ideias. Ambos gostamos de compartilhar atualidades e reflexões de nossa autoria ou de autoria de outros sobre assuntos relacionados com liturgia, catequese, etc, prezando pela seriedade e fidelidade à Igreja. Enquanto quase engenheira, não pretendo colocar nada neste blog, a não ser algum assunto de generalidade. Enfim, em breve o blog estará com algumas novidades - começaremos a postar resenhas de filmes -, à medida que formos nos organizando.

Uma réplica que pintei do Pantokrator do Kiko

quarta-feira, 9 de julho de 2014

O episódio do lobo de Gubbio (São Francisco)

Do livro "Eu, Francisco" (de Carlos Carreto), O primado da não-violência 




     O que há de extraordinário no episódio do lobo de Gubbio não é que ele tenha se amansado, mas sim que se tenham amansado os habitantes de Gubbio correndo ao encontro do lobo, que se aproximava esfaimado e friolento, não com foices e machados, mas sim com pedaços de comida e polenta quente.
     Aí reside a maravilha do amor: descobrir que a criação é um todo único, projetado por um Deus que é Pai; e se te apresentas como ele, desarmado e pleno de paz, a criação te reconhece e sorri para ti.
     E aí reside também o princípio da não violência, que eu gostaria de sugerir a vocês com todo o entusiasmo de que sou capaz.
     Eu, que já lhes disse que não falem muito de pobreza hoje, dada a ambiguidade em que vocês vivem e as dificuldades que hoje vocês podem ter para se explicar, circundados como estão por culturas burguesas e socialistas, agora lhes digo com toda a força: falem da não-violência, sejam apóstolos da não-violência, transformem-se em partidários da não-violência!
   Esta é verdadeiramente a hora para isso. E poderia ser até a última oportunidade, já que vocês estão sobre um depósito de bombas que pode saltar pelos ares a qualquer momento.
(...)
     O episódio do lobo de Gubbio não é uma historiazinha para fazer criança dormir. É a verdade mais extraordinária para a salvação dos homens, especialmente hoje, quando os homens estão instalados sobre depósitos de bombas.
     Cada homem tem do outro homem a imagem do lobo.
     Se se deixa tomar pelo medo e perde a calma diante dele, está tudo acabado: só resta disparar.
     Por isso, o perigo que vocês correm não é a maldade dos norte-americanos ou dos russos.
     O perigo que vocês correm é o medo de uns pelos outros.
     Conheço suficientemente os russos e os norte-americanos para achar que eles não tem a mínima vontade de provocar uma hecatombe.
     Mas conheço suficientemente o homem para saber que, se se deixar tomar pelo medo, tentará apertar o botão da destruição por medo de que outro aperte primeiro.
     Agora que, com seu talento, o homem conseguiu ter o que desejava e que, com sua técnica, conseguiu superar os limites que o continham antes, agora então é que emerge a verdade, a única verdade: o mal e a violência estão no medo do outro homem.
     Se o homem fizer a guerra, é porque terá sentido medo de alguém.
     Então, se vocês acabarem com  medo e restabelecerem a confiança, terão paz.
     A não-violência consiste na destruição do medo.
     Eis porque digo-lhes agora, eu Francisco: aprendam a vencer o medo com eu fiz aquela manhã, andando ao encontro do lobo com um sorriso.
     Vencendo a mim mesmo, venci o lobo.
     Domando os meu maus instintos, também domei os seu; esforçando-me por confiar nele, descobri que ele também tinha confiança em mim.
     Minha coragem estabeleceu a paz.

C. Carreto, eu, Francisco. 8ª Ed. São Paulo: Paulus, 2003. p. 163-164. 173-175
Livro escrito em comemoração aos 800 anos de São Francisco de Assis; o autor escreve na primeira pessoa para expressar mais perfeitamente a biografia de São Francisco

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Os cristãos no mundo

Esta foi a segunda leitura do oficio de quarta passada, achei interessante postar aqui.

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Da Carta a Diogneto
(N.5-6: Funk 1,317-321) (Séc.II)

Os cristãos no mundo

      Os cristãos não se diferenciam dos outros homens nem pela pátria nem pela língua nem por um gênero de vida especial. De fato, não moram em cidades próprias, nem usam linguagem peculiar, e a sua vida nada tem de extraordinário. A sua doutrina não procede da imaginação fantasista de espíritos exaltados, nem se apoia em qualquer teoria simplesmente humana, como tantas outras.

      Moram em cidades gregas ou bárbaras, conforme as circunstâncias de cada um; seguem os costumes da terra, quer no modo de vestir, quer nos alimentos que tomam, quer em outros usos; mas o seu modo de viver é admirável e passa aos olhos de todos por um prodígio. Habitam em suas pátrias, mas como de passagem; têm tudo em comum como os outros cidadãos, mas tudo suportam como se não tivessem pátria. Todo país estrangeiro é sua pátria e toda pátria é para eles terra estrangeira. Casam-se como toda gente e criam seus filhos, mas não rejeitam os recém-nascidos. Têm em comum a mesa, não o leito.

      São de carne, porém, não vivem segundo a carne. Moram na terra, mas sua cidade é no céu. Obedecem às leis estabelecidas, mas com seu gênero de vida superam as leis. Amam a todos e por todos são perseguidos. Condenam-nos sem os conhecerem; entregues à morte, dão a vida. São pobres, mas enriquecem a muitos; tudo lhes falta e vivem na abundância. São desprezados, mas no meio dos opróbrios enchem-se de glória; são caluniados, mas transparece o testemunho de sua justiça. Amaldiçoam-nos e eles abençoam. Sofrem afrontas e pagam com honras. Praticam o bem e são castigados como malfeitores; ao serem punidos, alegram-se como se lhes dessem a vida. Os judeus fazem-lhes guerra como a estrangeiros e os pagãos os perseguem; mas nenhum daqueles que os odeiam sabe dizer a causa do seu ódio.

      Numa palavra: os cristãos são no mundo o que a alma é no corpo. A alma está em todos os membros do corpo; e os cristãos em todas as cidades do mundo. A alma habita no corpo, mas não provém do corpo; os cristãos estão no mundo, mas não são do mundo. A alma invisível é guardada num corpo visível; todos veem os cristãos, pois habitam no mundo, contudo, sua piedade é invisível. A carne, sem ser provocada, odeia e combate a alma, só porque lhe impede o gozo dos prazeres; o mundo, sem ter razão para isso, odeia os cristãos precisamente porque se opõem a seus prazeres.

      A alma ama o corpo e seus membros, mas o corpo odeia a alma; também os cristãos amam os que os odeiam. Na verdade, a alma está encerrada no corpo, mas é ela que contém o corpo; os cristãos encontram-se detidos no mundo como numa prisão, mas são eles que abraçam o mundo. A alma imortal habita numa tenda mortal; os cristãos vivem como peregrinos em moradas corruptíveis, esperando a incorruptibilidade dos céus. A alma aperfeiçoa-se com a mortificação na comida e na bebida; os cristãos, constantemente mortificados, veem seu número crescer dia a dia. Deus os colocou em posição tão elevada que lhes é impossível desertar.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Seis conselhos básicos para não se entediar com a Missa

     Enquanto catequistas, sabemos qual é realidade de boa parte dos jovens (ou qualquer pessoa) com relação a sua frequência nas missas dominicais. Muitos não vão ou acham-na entediante, a não ser que tenha algo diferente, como baterias ou peças de teatro. No entanto seria legal ajudá-los a viver melhor esse momento tão especial da nossa semana, que nos proporciona um encontro pessoal com Deus, independente se celebrada de forma mais tradicional ou moderna, ou se o padre tem boa pregação ou não! Abaixo estão alguns conselhos do livro "A Missa Me Dá Tédio - Diálogo Com Jovens", do Javier M. Suescum. Creio que estes conselhos ajudam a todos nós.
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1 - Enquanto você vai da casa à igreja, "prepare seu coração". Pense: Vou me encontrar com o Senhor e com um grupo de irmãos na fé; vou escutar Jesus que hoje quer me dizer alguma coisa". Pergunte-se: "De que me mostrarei agradecido a Deus? Que levo nas mãos para oferecer-lhe hoje?

2 - Seja pontual e fique num lugar próximo do altar. Não se ponha na parte de trás, ou nos últimos bancos do templo. Você se distrairá com as pessoas que chegam tarde. Além disso, uma comunidade dispersa, em que cada um se senta onde gosta, não torna visível a unidade de todos na fé e no amor.

3 -  Ao entrar na igreja, pegue, se as houver, as folhas ou livros de cantos. Depois, participe também cantando. Se você não conhece os cantos, leia o texto. Isso unirá você à comunidade.

4 - Preste atenção às leituras e à pregação do sacerdote. Você perceberá sem dúvida, e com muita frequência, que o padre não é um bom orador ou que diz coisas sem substância. Não se incomode com isso. Não o julgue. Com toda a certeza, Jesus quer dizer-lhe algo por meio dele, e até o surpreenderá em mais de uma ocasião. É frequente que Deus diga grandes coisas por meio de maus pregadores.

5 - Depois de ter participado da Eucaristia, na comunhão, aproveite os instantes de silêncio que lhe são oferecidos para falar com o Senhor, para agradecer-lhe, para pedir forças e programar a semana que se iniciará.

6 - Por fim, marque um pequeno compromisso para a semana seguinte. Procure, partir dele, ser mais fiel a Jesus Cristo.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

O Método Billings para espaçamento dos filhos

     O método Billings é um método natural de regulação da natalidade, pois não exige uso de drogas e dispositivos artificiais, e é baseado na continência periódica do casal nos períodos férteis da mulher. É um método que, segundo a Organização Mundial de Saúde, possui 97 a 99% de eficiência. Foi estudado na década de 60 pelo casal de médicos Evelyn e John Billings e, diferente dos outros métodos naturais, como o da tabelinha e o da temperatura, não exige tão longos períodos de abstinência sexual e pode ser usado em qualquer época da vida, isto é, na juventude, na amamentação ou na menopausa, e em qualquer tipo de ciclo - regular ou irregular.

     Ganhou bastante popularidade quando se começou a perceber que os métodos artificiais (principalmente a "pílula"), após mais de dez anos de uso generalizado, provocavam efeitos colaterais por vezes graves, como ganho de peso, menopausa precoce, perda da lubrificação e maior vulnerabilidade a doenças. Sobretudo entre os casais católicos, o método ganhou bastante aceitação, uma vez que não fere os princípios cristãos (haverá um post posterior sobre isso). Ultrapassando essas vantagens, os casais que o adotaram notaram uma maior interação em sua vida de casal, e já não há mais a exigência de apenas um dos lados no cuidado com a regulação da natalidade.

     Enquanto usuária iniciante, li bastante sobre o método, desde o livro da dra. Billings (foto) a algumas experiências de usuárias de longa data. Não é um método difícil, qualquer mulher é capaz de compreendê-lo. Seu funcionamento baseia-se no seguinte (os casos irregulares serão citados depois):

- A mulher normalmente tem um ciclo de 28 a 30 dias;

- Contando a partir do primeiro dia de sangramento, mais ou menos no 14º dia ocorre a ovulação, isto é, os ovários liberam um óvulo (ou mais), que sobrevive por no máximo 12 horas, momento em que pode ocorrer a fecundação na presença de espermatozoides;

- Alguns dias antes da ovulação (no máximo cinco dias) a mulher libera um muco de consistência semelhante a clara de ovo cru, que é o muco fértil (que é a chave do método), cuja presença é perceptível para praticamente todas as mulheres férteis, seja ao longo do dia por uma sensação lubrificante, seja na roupa íntima;

- A função deste muco, entre outras, é a lubrificação feminina e a criação de um ambiente favorável aos espermatozoides, pois sem a presença desse muco, eles não sobrevivem até a ovulação, e portanto não é possível ocorrer gravidez;

- Nos outros dias, a mulher não apresenta nenhum muco ou um muco infértil (PBI), que pode ser pegajoso ou marrom, sem elasticidade;

- Após o aparecimento do muco fértil, conta-se três dias de abstinência, que é uma margem de erro suficiente, pois nesses dias o óvulo ainda pode estar lá e o muco, apenas na parte interna; o último dia de aparecimento do muco fértil é o chamado ápice (que é identificado no dia seguinte) e é o mais provável dia da ovulação;

Método Billings em um ciclo comum de 28 dias


     Existem então algumas regras gerais:

1º - Na fase pré-ovulatória, como o dia da ovulação é variável, as relações só podem ocorrer a noite, a fim de que o muco seja identificado na noite seguinte e não confundido com os fluidos seminais. Uma vez passada a fase fértil, podem ocorrer em qualquer horário sem risco de gravidez;

2º - Nos ciclos curtos, de vinte dias por exemplo, a fase fértil pode coincidir com o período de sangramento, por isso, exige-se abstinência no período de sangramento;

3º - Situações de estresse ou ansiedade podem retardar ou ate suprimir a ovulação;

4º -  O uso da pílula não funciona aliado ao Billings pois ela desregula ou inibe o muco. Para o abandono da pílula, é necessário abstinência sexual e registro por um mês para identificação do seu padrão de muco, e assim começar a usar o Billings.

    Uma mulher que usou a pílula por um longo período e interrompe o uso, pode notar que a fertilidade (o muco fértil) volta geralmente após dois meses ou mais (esse período deve ser seguido como fase pré-ovulatória). 

    Como o corpo sempre dará algum sinal de fertilidade, o método pode ser utilizado por mulheres na menopausa e por mulheres lactantes. Há mulheres nas quais a presença do muco não é notada, mas pode ser que o muco fértil só venha uma vez no mês ou só é percebida a sensação lubrificante. Pode se tratar de baixa fertilidade ou infertilidade. Enfim, este método também ajuda a identificar algo fora do normal, como cistos ou problemas hormonais, pois logo a irregularidade se reflete nas anotações do ciclo. Assim, logo se pode recorrer ao ginecologista. 

    As anotações diárias não são algo pesado, cada mulher tem seu jeito de anotar, seja com selos coloridos, seja com miçangas em um fio, e às vezes o próprio homem pode anotar.

     Minha experiência particular está sendo satisfatória com o método, e eu e meu esposo poderemos comprovar sua eficiência neste ano em que pretendemos retardar uma gravidez por motivos de adaptação conjugal e término da faculdade. Ainda poucas pessoas acreditam em sua eficiência, apesar de comprovada, já que depende da boa aceitação de ambos em abster-se nos dias prescritos. Casais que viveram a virgindade antes do uso do método possuem mais facilidade para superar isso. Diferente dos artificiais, este método pede o amor entre o casal, e não exigências de uma das partes, e a cada período infértil que chega, como alguns dizem, é uma nova lua-de-mel.   :-D
    Um blog muito legal sobre isso é o Fertilidade Inteligente, entre outros.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Domingo de Ramos


"Vinde, subamos juntos ao monte das Oliveiras e corramos ao encontro de Cristo, que hoje volta de Betânia e se encaminha voluntariamente para aquela venerável e santa Paixão, a fim de realizar o mistério de nossa salvação.

Caminha o Senhor livremente para Jerusalém, ele que desceu do céu por nossa causa – prostrados que estávamos por terra – para elevar-nos consigo bem acima de toda autoridade, poder, potência e soberania ou qualquer título que se possa mencionar (Ef 1,21), como diz a Escritura.

O Senhor vem, mas não rodeado de pompa, como se fosse conquistar a glória. Ele não discutirá, diz a Escritura, nem gritará, e ninguém ouvirá sua voz (Mt 12,19; cf. Is 42,2). Pelo contrário, será manso e humilde, e se apresentará com vestes pobres e aparência modesta.

Acompanhemos o Senhor, que corre apressadamente para a sua Paixão e imitemos os que foram ao seu encontro. Não para estendermos à sua frente, no caminho, ramos de oliveira ou de palma, tapetes ou mantos, mas para nos prostrarmos a seus pés, com humildade e retidão de espírito, a fim de recebermos o Verbo de Deus que se aproxima, e acolhermos aquele Deus que lugar algum pode conter.

Alegra-se Jesus Cristo, porque deste modo nos mostra a sua mansidão e humildade, e se eleva, por assim dizer, sobre o ocaso (cf. Sl 67,5) de nossa infinita pequenez; ele veio ao nosso encontro e conviveu conosco, tornando-se um de nós, para nos elevar e nos reconduzir a si.

Diz um salmo que ele subiu pelo mais alto dos céus ao Oriente (cf. Sl 67,34), isto é, para a excelsa glória da sua divindade, como primícias e antecipação da nossa condição futura; mas nem por isso abandonou o gênero humano, porque o ama e quer elevar consigo a nossa natureza, erguendo-a do mais baixo da terra, de glória em glória, até torná-la participante da sua sublime divindade.

Portanto, em vez de mantos ou ramos sem vida, em vez de folhagens que alegram o olhar por pouco tempo, mas depressa perdem o seu verdor, prostremo-nos aos pés de Cristo. Revestidos de sua graça, ou melhor, revestidos dele próprio, – vós todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo (Gl 3,27) – prostremo-nos a seus pés como mantos estendidos.

Éramos antes como escarlate por causa dos nossos pecados,mas purificados pelo batismo da salvação, nos tornamos brancos como a lã. Por conseguinte, não ofereçamos mais ramos e palmas ao vencedor da morte, porém o prêmio da sua vitória.

Agitando nossos ramos espirituais, o aclamemos todos os dias, juntamente com as crianças, dizendo estas santas palavras: “Bendito o que vem em nome do Senhor, o rei de Israel”.
Dos sermões de Santo André de Creta"

Fonte: http://liturgiadashoras.org/oficiodasleituras/domingoderamos.html

terça-feira, 1 de abril de 2014

Convites e lembranças do casamento


     Casar é bom e envolve a gente muito antes, principalmente nós mulheres, nos fazendo procurar inspirações para os convites, decoração, fotos, vestido etc. Deixo aqui algumas fotos do nosso convite de casamento, do convite das damas de honra e do pagem e de outras coisas, para poder servir de inspiração para quem irá entrar nesta fase da vida.


     Optamos por coisas mais acessíveis, então nós mesmos fizemos os convites (modelo e impressão) e as lembranças  :-).



     As lembranças foram ideia da minha mãe: umas caixinhas cobertas com decoupagem, com uma foto nossa em cima e uma mensagem dentro e com docinhos para a pessoa levar para casa, que ficaram lindas.

                            


     Aproveito também pra dar a ideia das forminhas dos docinhos de papel crepom, que ficam bem finos, usando criatividade. Nas lojas, vende-se 24 forminhas de crepom por R$13,00 a R$20,00. Se você tiver tempo e disponibilidade e está precisando economizar, vale a pena fazê-las manualmente, como nós fizemos.


 Abraço a todos!

terça-feira, 11 de março de 2014

Enfim... casados!

2 de Março de 2014
Enlace Matrimonial de Amanda & Wayner
Fotos: Afonso Barros

     Um longo e difícil caminho percorremos até aqui e finalmente chegamos até o altar! Foi uma cerimônia perfeita, através da qual Deus agiu bastante, e para a qual pudemos contar com a ajuda dos nossos pais e de muitos amigos e irmãos em Cristo. As circunstâncias nos levaram a marcar em uma data um tanto não usual (domingo de carnaval), mas pudemos igualmente viver a alegria deste período! Foi também num horário pouco usual, à tarde, mas ficou bem a nossa cara.

     A recepção foi simples e bonita, cheia de detalhes que foram pensados desde que estamos noivos. A parte de crochê do meu vestido foi feita pela mãe dele, e ficou lindo, e ela também fez de crochê os pombinhos de topo de bolo. Escolhemos as cores azul e laranja. O buquê foi de flores feitas de madeira, e as uso agora para decoração da casa. Em uma postagem posterior colocarei as fotos da decoração.

     Com certeza teremos para sempre boas recordações deste dia, que teve como a parte principal a celebração do casamento, que ocorreu dentro da Missa, aos moldes neocatecumenais. Vai ficar para sempre em meu coração a lembrança de ele cantando Roubaste o Meu Coração para eu entrar! Que o Senhor esteja sempre conosco e que possamos ser frutuosos em dons e em filhos. Amém.


                      







domingo, 16 de fevereiro de 2014

Diálogo do Papa Francisco com os noivos

      O encontro realizado pelo Papa Francisco, chamado "A Alegria do Sim para Sempre", com cerca de 25 mil noivos e namorados de todo o mundo foi bastante propício para o Dia dos Namorados (Valentine's Day) e suas palavras, encontradas abaixo, serão de grande serventia para o momento da vida em que estamos vivendo e para todos os casais que tem experimentado o caminho antes deste "sim para sempre"!


***

Praça São Pedro – Vaticano
Sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
Boletim da Santa Sé
Tradução: Liliane Borges
1ª Pergunta : O medo do “para sempre”
Santidade, muitos, hoje, pensam que prometer fidelidade para toda a vida é um compromisso muito difícil. Muitos sentem que o desafio de viver juntos para sempre é bonito, fascinante, mas muito exigente, quase impossível. Pedimos que sua palavra possa nos iluminar sobre esse aspecto.

É importante perguntar se é possível amar “para sempre”. Hoje, muitas pessoas têm medo de fazer escolhas definitivas, por toda a vida, parece impossível. Hoje, tudo está mudando rapidamente, nada dura muito tempo. E essa mentalidade leva muitos, que estão se preparando para o matrimônio, a dizer: “estamos juntos enquanto durar o amor.” Mas o que entendemos por “amor”? Apenas um sentimento, uma condição psicofísica? Certo, se é isso, você não pode construir em algo sólido. Mas se o amor é um relação, então é uma realidade que cresce, e nós podemos ter como exemplo o modo como é construída uma casa.

A casa se constrói juntos, e não sozinhos! Construir aqui significa favorecer e ajudar o crescimento. Caros noivos, vocês estão se preparando para crescer juntos, para construir esta casa, para viver juntos para sempre. Não queiram fundá-la sobre a areia dos sentimentos que vêm e vão, mas sobre a rocha do amor verdadeiro, o amor que vem de Deus. A família nasce desse projeto de amor que quer crescer como se constrói uma casa, que seja lugar de afeto, ajuda, esperança e apoio. Como o amor de Deus é estável e para sempre, assim também o amor que funda a família queremos que seja estável e para sempre. Não devemos nos deixar vencer pela “cultura do provisório”!

Portanto, como se cura esse medo do “para sempre”? Cura-se dia por dia, confiando-se ao Senhor Jesus em uma vida, que se torna um caminho espiritual diário, composto por etapas, crescimento comum, o compromisso de se tornarem homens maduros e mulheres de fé. Porque, caros noivos, o “para sempre” não é apenas uma questão de tempo! Um matrimônio não é apenas bem sucedido se dura, mas é importante a sua qualidade. Estar juntos e saber amar para sempre é o desafio de esposos cristãos.

Vem-me à mente o milagre da multiplicação dos pães: também para vocês, o Senhor pode multiplicar o vosso amor e dá-lo fresco e bom todos os dias. Ele tem uma fonte infinita! Ele vos dá o amor que é o fundamento de vossa união e cada dia o renova, o fortalece. E o torna ainda maior quando a família cresce com os filhos. Neste caminho, é importante e necessária a oração. Peçam a Jesus para multiplicar o vosso amor. Na oração do Pai-Nosso nós dizemos: “Dá-nos, hoje, o nosso pão cotidiano”. Os esposos podem aprender a rezar assim: “Senhor, dá-nos hoje o nosso amor cotidiano”, ensina-nos a amar, a querer bem um ao outro! Quanto mais vocês se confiarem a Ele, mais o amor de vocês será “para sempre”, capaz de se renovar-se e vencer todas as dificuldades.

2ª Pergunta : Viver juntos: o “estilo” da vida matrimonial

Santidade, viver juntos todos os dias é belo, dá alegria, sustenta. Mas é um desafio a ser enfrentado. Acreditamos que devemos aprender a nos amar. Há um “estilo” de vida conjugal, uma espiritualidade do cotidiano que queremos aprender. O Senhor pode nos ajudar nisso, Santo Padre?

Viver junto é uma arte, um caminho paciente, bonito e fascinante. Ela não termina quando vocês conquistam um ao outro… Na verdade, é precisamente aí que se inicia! Esse caminho de cada dia tem regras que podem ser resumidas em três palavras, que eu já disse para às famílias, e que vocês já podem aprender a usar entre vós: Permissão, obrigado e desculpa.

“Posso?”. É um pedido gentil para poder entrar na vida de outra pessoa com respeito e atenção. É preciso aprender a pedir: Eu posso fazer isso? Agrada a você que façamos isso? Tomamos essa iniciativa para educar nossos filhos? Você quer sair essa noite?… Em suma, significa ser capaz de pedir permissão para entrar na vida dos outros com gentileza.

Às vezes, usa-se modos um pouco “pesados”, como as botas de montanha! O verdadeiro amor não se impõe com dureza e agressividade. Nos escritos de Francisco, encontra-se essa expressão: “Saibam que a gentileza é uma das propriedades de Deus, é irmã da caridade, que apaga o ódio e conserva o amor” (cap. 37). Sim, a gentileza preserva o amor. E, hoje, em nossas famílias, em nosso mundo, muitas vezes violento e arrogante, nós precisamos muito de gentileza.

“Obrigado”. Parece fácil pronunciar esta palavra, mas sabemos que não é assim… Mas é importante! Nós a ensinamos às crianças, mas, depois, a esquecemos! A gratidão é um sentimento importante. Lembram-se do Evangelho de Lucas? Jesus cura dez leprosos e, em seguida, apenas um volta para Lhe agradecer. O Senhor diz: e os outros nove, onde estão? Isso vale também para nós: sabemos agradecer? No relacionamento de vocês, e amanhã na vida conjugal, é importante para manter viva a consciência de que a outra pessoa é um dom de Deus, e dar graças sempre. Nessa atitude interior, agradecer por tudo. Não é uma palavra amável para usar com estranhos, para ser educado. É necessário saber dizer ‘obrigado’ para caminhar bem juntos.

“Desculpe”. Na vida nós cometemos tantos erros, tantos enganos. Todos nós. Talvez, haja um dia em que nós não façamos algo errado. Eis, então, a necessidade de usar esta simples palavra: “desculpe”.

Em geral, cada um de nós está pronto para acusar os outros e nos justificarmos. É um instinto que está na origem de muitos desastres. Aprendamos a reconhecer nossos erros e a pedir desculpas. “Desculpe-me se eu levantei a voz”. ” Desculpe-me se eu passei sem cumprimentá-lo; desculpe-me pelo atraso; desculpe-me por estar tão silencioso esta semana; se eu falei muito e não te ouvi; desculpe-me se eu esqueci”. Também assim cresce uma família cristã.

Nós todos sabemos que não há família perfeita, e até mesmo o marido perfeito ou a esposa perfeita. Existimos nós, os pecadores. Jesus, que nos conhece bem, nos ensinou um segredo: nunca terminar um dia sem pedir perdão, sem que a paz retorne à nossa casa, à nossa família. Se aprendermos a pedir perdão e a nos perdoar, o matrimônio irá durar, irá em frente.

3ª Pergunta: O estilo da celebração do Matrimônio

Santidade, nestes meses, estamos nos preparativos para o nosso casamento. O senhor pode nos dar algum conselho para celebrar bem o nosso matrimônio?

Façam de um modo que seja uma verdadeira festa, uma festa cristã, não uma festa social! A razão mais profunda da alegria desse dia nos indica o Evangelho de João: vocês se recordam o milagre das bodas de Caná? Em um certo momento, o vinho faltou e a festa parecia arruinada. Por sugestão de Maria, naquele momento, Jesus se revela pela primeira vez e realiza um sinal: transforma a água em vinho e, assim, salva a festa de núpcias.

O que aconteceu em Caná há dois mil anos acontece, na realidade, em cada festa de núpcias: o que fará pleno e profundamente verdadeiro o matrimônio de vocês será a presença do Senhor que se revela e dá a sua graça. É a sua presença que oferece o “vinho bom”, é Ele o segredo da alegria plena, que realmente aquece o meu coração.

Ao mesmo tempo, no entanto, é bom que o matrimônio de vocês seja sóbrio e faça sobressair o que é realmente importante. Alguns estão mais preocupados com os sinais exteriores, com o banquete, fotografias, roupas e flores… São coisas importantes em uma festa, mas somente se forem capazes de apontar o verdadeiro motivo da alegria de vocês: a bênção do Senhor sobre o amor de vocês. Façam de modo que, como o vinho em Caná, os sinais exteriores da festa revelem a presença do Senhor e recorde a vocês e a todos os presentes a origem e o motivo de vossa alegria.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Chegando o dia do Casamento...



     Se aproxima um dia único em nossas vidas... ansiedade tamanha, novas ocupações e preocupações, muitos questionamentos,  de nós mesmo e dos outros! Vestido? Comidas? Despesas? Casa? Como ficarão os pais? Vão suportar a saída dos filhos de casa? Como será a vida de casados? Será difícil conciliar com os estudos? Todos procuram dar conselhos, e o coração, preocupado e ansioso, procura se acalmar, se apegar à promessa de Deus, de não decepcionar aqueles que o escutam.

    É firmando-se na vocação que recebemos de seguir um com o outro em Matrimônio que estamos caminhando rumo a este dia, guardando no coração as dificuldades, e colocando à nossa frente o que têm concorrido para que este acontecimento seja abençoado. É grande o desafio de deixar para traz o antigo nome, a antiga casa e as asas dos pais. Pouco se diferencia do desafio proposto pela vocação religiosa, pois também exige de nós mudança de vida para alcançar o ideal de perfeição a que Deus chamou cada um.  

     A noiva, mais que o vestido, o cabelo, as unhas, o véu, o buquê, é a postura, a coragem, a determinação, a piedade, a alegria, a destreza. Será cobrada para ser boa mulher e mãe, para cuidar bem da casa e de si mesma, e ainda conservar a sabedoria e a inteligência. Que responsabilidades!

    O noivo é o porto seguro para a futura esposa, para encorajá-la, ajudá-la. "Vamos conseguir!", "vai dar certo!", "farei tudo pra lhe fazer feliz!". Será cobrado igualmente para ser bom esposo e pai, para não ser ríspido e sim compreensivo, para trabalhar para o sustento da família e ainda dar uma mão nos afazeres do lar!


     Os pais... como se preocupam e querem o nosso bem! Ainda que tenham sua opinião,  às vezes contrária aos filhos saírem de casa, querem principalmente nossa felicidade. Ainda que saiamos do seio de sua casa, nunca poderemos abandoná-los, mas para o resto da vida ser gratos, ajudando-os na velhice e dando-lhe o prazer de estar com os netos.

     A partir de agora, uma bela história terá início! Dificuldades sabemos que aparecerão, mas juntos queremos vencer uma por uma firmados em Cristo. Começamos a cumprir a promessa do "na riqueza e na pobreza" desde já, pois começamos com poucos recursos, e isso já é uma dificuldade a ser vencida.

     Em tudo agora seremos e faremos juntos. Viagens, orações, planos; tudo o que um planejar pensará também no outro, e que boa forma de cumprir o chamado de Jesus de amar o próximo como a si mesmo! Que nossa família seja um precioso germe na sociedade, dando a ela testemunho de casamento frutífero, e dando a ela outros indivíduos com valores cristãos, e que escutem o chamado de Deus em suas vidas.



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Bolo xadrez!

     Deixo aqui as fotos e o modo de fazer de uma boa e deliciosa experiência na cozinha: o bolo xadrez   :)



    Ele é feito com o auxílio de um separador para bolo xadrez que pode ser encontrado para venda. Como a forma é pequena, utilizamos apenas duas misturas para bolo de cores diferentes (chocolate e outro), seguimos as instruções da mistura e dividimos cada mistura em três partes, para os três bolos. Para colocar na forma, coloca-se primeiro o separador e as misturas alternadas. Tira-se, então, o separador rapidamente para ficar a divisão bem definida e põe-se no forno. 




     Depois que os três bolos tiverem prontos é só colocar um em cima do outro de modo que o diferente fique no meio, e depois confeitar.

                                      

     Pra finalizar recortei algumas estrelas e flores de papel e povilhei farinha de trigo por cima. É uma ideia simples mas que fica bem legal!




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